EconomiaNotícias

Consumidor prioriza pagamento de dívidas com 13º salário

A projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) de aumento do volume de vendas no varejo de 0,4% em outubro foi confirmada pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (08/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa foi a terceira alta mensal consecutiva. Na comparação com o mesmo mês de 2021, houve avanço de 2,7%. A CNC revisou de 1,3% para 1,1% a expectativa de alta da variação do volume de vendas no varejo, em 2022 – o menor índice desde 2017, quando o crescimento foi de apenas 0,3%. “O cenário segue positivo para o encerramento do ano do varejo, mesmo que, em curto prazo, ainda não seja possível vislumbrar estabilidade na tendência de encarecimento do crédito”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Segundo ele, esse freio no crescimento também tem como causas a desaceleração do nível de ocupação no mercado de trabalho e a retomada do reajuste de preços. Fim da deflação Após três meses de deflação, o índice geral de preços medido pelo IPCA voltou a registrar alta, em outubro, de 0,59%. O indicador foi impulsionado pela alta de 0,79 nos preços dos alimentos e 1,22% nos itens de vestuário.

Esse fator contribuiu para a desaceleração do volume de vendas no varejo (em setembro, o crescimento havia sido de 1,2%). Dos 10 segmentos pesquisados pelo IBGE, metade teve aumento das vendas em relação a setembro, com destaque para os ramos de móveis e eletrodomésticos (em que a alta foi de 2,5%), artigos de uso pessoal e doméstico e itens de informática e comunicação (ambos com crescimento de 2%).

No entanto, no acumulado de 12 meses, as três maiores quedas foram no segmento de móveis e eletrodomésticos, de 11,2%, materiais de construção, de 8,2%, e artigos de uso pessoal e doméstico, de 7,3%. 13º vai para dívidas O pagamento do 13º salário deve totalizar R$ 251,6 bilhões.

O montante é, portanto, 6,4% maior em relação aos R$ 236,4 bilhões pagos em 2021, já descontada a inflação. Isso se deve ao aumento de 13% no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (o que representou 1,52 milhão de novas vagas), 13,9% na quantidade de trabalhadores domésticos contratados (182 mil vagas a mais) e de 9,5% no setor público, que nomeou 115 mil.

Considerando a primeira parcela do benefício paga a 87,6 milhões de pessoas até 20 de novembro e os descontos incidentes sobre o 13º salário, a segunda parcela deve perfazer um montante de R$ 112,96 bilhões. O valor médio do benefício equivale a R$ 2.870, o que revelou estabilidade em relação aos R$ 2.868, pagos no ano passado.  

Fonte: NULL

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?