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Construção civil: PIB setorial terá queda de 3,5%

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) revisou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do setor de crescimento de 0,5% para queda de 3,5% neste ano. Se a estimativa for confirmada, a redução acumulada, desde 2014, vai superar 16%, segundo a entidade. Será o quarto ano consecutivo de retração do PIB da construção.

A atividade do setor retornou ao nível de 2008. Será preciso crescer pelo menos 3,5% ao ano por cinco anos para o nível de atividade voltar ao patamar de 2013, de acordo com projeções feitas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo Sinduscon-SP.

O fato de a Reforma da Previdência não ter sido aprovada ainda teve peso grande na revisão da estimativa do PIB da construção pelo Sinduscon-SP, segundo o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto. “A Reforma da Previdência é fundamental para o ajuste fiscal”, ressalta Ferraz Neto.

O presidente do Sinduscon-SP afirma que a recuperação do mercado imobiliário depende do aumento do nível de emprego e da melhora da renda, enquanto a retomada dos aportes no segmento de infraestrutura por investidores externos passa pelo ajuste fiscal. Nos dois casos, a Reforma da Previdência é necessária para os investimentos, segundo Ferraz Neto.

A construção voltou, segundo o Sinduscon-SP, ao cenário da “última recessão prolongada, de 2001 a 2003, quando o PIB do setor caiu mais de 11%”. Em 2017, a queda do PIB da construção não será mais acentuada por causa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, mesmo com volume de contratação inferior ao dos anos anteriores. O total contratado chegou 150 mil unidades.

O número de empregados terá retração de 11,1% neste ano, para 2,26 milhões. Em julho, o total de trabalhadores formais era de 2,45 milhões. O Indicador de Atividade das Empresas de Construção Civil (Inacc) teve retração acumulada de 10,28% no primeiro semestre.

Fonte: Valor

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