CONSEGURO: Bônus demográfico não é vantagem se Brasil não aumentar produtividade
CONSEGURO: Bônus demográfico não é vantagem se Brasil não aumentar produtividade – Portal CNseg
15/09/2015
O Brasil tem uma enorme oportunidade de explorar o seu dividendo demográfico, mas, se não aumentar sua produtividade, não será um pais rico no futuro. O alerta partiu de Amlan Roy, diretor Administrativo e chefe de Pesquisa em Demografia e Pensões Globais da Credit Suisse, em Londres, durante a participação no primeiro dia da 7ª Conseguro, nesta terça-feira, 15, quando apresentou o tema Como a demografia afeta o crescimenton economico, em painel mediado pelo presidente da FenaPrevi, Osvaldo Nascimento.
Roy citou o economista Peter Drucker, guru da administração, segundo o qual ninguém presta atenção à demografia, apesar de ser um fator importante. A questão, segundo Roy, é que a demografia não é apenas idade. A idade é simplesmente uma das características de um grande número de variáveis que definem as diferenças em qualquer população heterogênea, disse.
Roy explicou que mesmo em grupos aparentemente semelhantes, existem diferenças, porque todos consomem de formas distintas. Não pense que só porque a Índia tem um monte de gente, é um pais rico, afirmou. Segundo ele, o dividendo demográfico está intimamente ligada ao capital humano e à educação. Ele afirma que também não é previsivel a diversidade global dos consumidores e trabalhadores.
De acordo com Roy, o grupo etário que mais cresce no mundo é dos com mais de 80 anos, cerca de 381% entre 1970 e 2015, contra 98% das demais faixas de idade da população mundial. Para ele, a dependência dos idosos é um problema global e os governos precisam tomar medidas para amparar esse publico.
Roy observou que os produtos de previdência para aposentadoria, atualmente, oferecem soluções inadequadas porque se baseiam em modelos errados, do passado. Para Osvaldo Nascimento, significa que as pessoas devem avaliar qual tipo de investimento devem fazer considerando a sua maior expectativa de vda. Se o objetivo for risco zero, então pode não haver dinheiro no futuro para garantir o seu sustento de acordo com a sua expectativa de vida, disse.
Outra questao levantada por Roy foi sobre o bônus demográfico e a produtividade. Apesar de o Brasil ter boa parte de sua população formada por jovens, sua produtividade é baixa. Como a massa produtiva tende a diminuir com o envelhecimento, esse efeito da baixa produtividade é muito grave, disse Nascimento. Por isso, avaliou que é importante as empresas darem oportunidade aos jovens, sobretudo em início de carreira, para que o país aumente a produtividade.
Fonte: CNSEG