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Conheça as mulheres que conectaram o agronegócio ao mercado financeiro

As emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) bateram recorde em em 2019, totalizando R$ 13,99 bilhões. Mas quem vê os números atuais não imagina o desafio enfrentado por que desbravou este mercado.

Hoje sócias da securitizadora Vert, Martha de Sá, Fernanda Mello e Victoria de Sá foram as grandes responsáveis pela primeira oferta pública de CRAs no país, realizada em 2016. O certificado é um título de renda fixa ligado ao setor agrícola e emitido por uma empresa para capar recursos no mercado.

“Entre o momento em que começamos a planejar e o momento da oferta pública se concretizar foram quase dois anos. Os produtores não conheciam o mercado, os investidores não sabiam como o produto funcionava e até a Bolsa não sabia como fazer a oferta. Tivemos que aprender tudo”, contou Fernanda no podcast Do Zero ao Topo.

A história das três fundadoras da Vert é tema do 34º episódio do podcast Do Zero ao Topo. Desde a sua fundação, em 2016, a empresa já emitiu mais de R$ 16 bilhões em CRAs, CRIs e debêntures para fintechs.

Apesar de a legislação que permite a oferta de CRAs no mercado brasileiro ter sido criada em 2004, a emissão coordenada pelas três sócios aconteceu só em 2016.

“O grande problema é que sempre se tentou pegar o que o mercado de capitais está acostumado e encaixar dentro do agronegócio. O mercado agro tem uma dinâmica própria e é preciso que o mercado financeiro se adapte a ela”, explicou Fernanda.

Após muitas viagens ao campo e visitas a potenciais investidores, essa primeira oferta de CRA captou cerca de R$ 94 milhões e teve uma demanda de 170% para a compra do papel. “Desde então estamos fazendo emissões. Começamos na Octante [securitizadora] e agora na Vert”, explicou Fernanda.

 

Fonte: NULL

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