Congresso derruba 18 vetos presidenciais
Embora antecipados na véspera, os passos dados ontem por Câmara e Senado revelam um pouco sobre o ambiente político instalado em Brasília.
A agenda legislativa moveu-se. E isso ocorreu à revelia do que ansiava parte da sociedade e pretendia/gostaria o Planalto.
Em sessão conjunta, o Congresso derrubou 18 vetos presidenciais do projeto de lei 7596/17 que trata do abuso de autoridade.
Na visão dos críticos, essa foi uma derrota endereçada ao governo e mirou especialmente o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública).
A manifestação dos parlamentares também foi contundente no sentido de redefinir novas fronteiras para o engajamento público do combate à corrupção – sobretudo no que se refere ao discurso encampado por quem apoia a Lava Jato.
Em outra ação bastante alinhada às sensibilidades de momento no Congresso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), adiou a análise do parecer da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Marcada para ontem, a tão esperada votação ficou para a próxima terça-feira (1º). Outra vez, a impressão quase generalizada foi a de que parte do mundo político quis passar um recado de descontentamento.
A decisão de jogar para frente um tema tão importante como a votação da reforma ocorreu depois de um acordo de lideranças, que apoiaram ainda outro gesto emblemático: Alcolumbre e um grupo de senadores estiveram ontem com o presidente do STF, Dias Toffoli.
Pediram para suspender a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que, na semana passada, autorizou buscas e apreensões no gabinete do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Fonte: NULL