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Confiança do comércio chega ao maior patamar desde abril de 2014

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 114,5 pontos no mês de março – o maior patamar verificado desde abril de 2014. Na comparação com fevereiro, o indicador evoluiu 2,1%, na série com ajuste sazonal. Já ante o mesmo período de 2017, o aumento foi de 14,6%.

O resultado deve-se, principalmente, à melhor avaliação das condições correntes por parte dos comerciantes, que apresentou o quinto aumento mensal consecutivo, com alta de 4,5%, na série com ajuste sazonal. Apesar de ainda situar-se na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), o subíndice chegou a 92,9 pontos, um aumento relevante de 36,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Neste março, 50,1% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano.

Em relação a 2017, a percepção dos varejistas sobre as condições atuais melhorou expressivamente em todos os itens avaliados (economia, setor e empresa), com destaque para a economia, com aumento de 50,9%. Agora em março, 45,5% dos entrevistados consideram que a economia está melhor do que há um ano.

 

“A leve recuperação do comércio, baseada principalmente no consumo, aliada à manutenção do cenário favorável de inflação e melhores condições de crédito, impactou positivamente a avaliação dos varejistas sobre o momento atual. O processo de recuperação, mesmo lento, do emprego e da renda tende a impulsionar ainda mais a confiança dos empresários”, afirma Bruno Fernandes, economista da CNC.

Expectativas em alta
Segundo a CNC, as expectativas dos comerciantes no curto prazo são as maiores desde dezembro de 2013. O componente se mantém na zona positiva, com 155,6 pontos, um aumento de 1,0% em relação a fevereiro e 5,4% na comparação anual.

 

As perspectivas no curto prazo em relação ao desempenho do comércio (+6,2%), da própria empresa (+3,9%) e da economia (+6,3%) melhoraram em comparação com o mesmo período de 2017. Na avaliação de 85,7% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente.

 

Mais contratações

 

O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio teve leve aumento mensal de 0,8%, com destaque para o aumento da intenção de contratação de funcionários (+1,4%). Dados da CNC apontam que, em 2017, o varejo voltou a registrar abertura líquida de vagas formais (+26,5 mil) após fechar mais de 350 mil postos de trabalho para se ajustar à crise econômica de 2015 e 2016.

Na comparação com 2017, a reação mais significativa se verifica nas intenções de investimentos nas empresas (+21,7%). No auge da crise do varejo, foram fechados 206 mil estabelecimentos comerciais no Brasil. Em 2017, apesar do saldo ainda negativo (-19,3 mil), registrou-se retração de 82% no fechamento de lojas. Nos três últimos meses do ano passado, já foi possível perceber o início de um processo de recuperação em alguns estados, e a CNC projeta abertura líquida de 20,7 mil novos pontos comerciais ao fim de 2018.

 

 

Fonte: CNC

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