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Companhias aderem ao mundo verde

Projetos que visam proteger o meio ambiente ganham cada vez mais investimentos. As notícias sobre investimentos de seguradoras em ações para preservar o planeta começam a ser mais rotineiras. Além de ser fruto de uma consciência social, esse assunto é essencial para garantir a rentabilidade do setor. Afinal, as companhias vendem seguro que dão cobertura para quase tudo. Os prejuízos podem vir das perdas causadas com catástrofes naturais até o maior uso do seguro saúde, ambos agravados pelas mudanças climáticas.
Ontem, a Munich Re divulgou a criação de um portal de sustentabilidade, com informações financeiras da resseguradora, bem como responsabilidade social e meio ambiente. No início do ano, ela já havia anunciado que suas operações serão neutras em dióxido de carbono () antes de 2012. A matriz, em Munique, será neutra em gás carbônico antes de 2009. O grupo planeja reduzir as emissões por funcionário, usar fontes de energia verdes e investir em reflorestamento.
A ACE Limited divulgou nesta semana o início de um programa de responsabilidade ambiental cujo planejamento vinha sendo desenvolvido desde 2006. Por meio deste projeto, a empresa rastreou e mediu a quantidade de carbono que consome e emite, a fim de contribuir com a redução dos gases que compõem o efeito estufa. Ao mesmo tempo, começou a revisão de suas instalações para que sejam certificadas como Edifícios Verdes.
A Swiss Re anunciou em janeiro deste ano uma ajuda de US$ 4 para cada funcionário que se comprometer a reduzir a emissão de carbono. O programa “Reduza você também (COyou2) o e ganhe” apoia os investimentos dos empregados em medidas que contribuem para reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, especialmente em relação à mobilidade, ao aquecimento e à energia elétrica.
No Brasil, até o ano passado as seguradoras noticiavam investimentos em atitudes simples, mas que trazem um grande alívio ao planeta do futuro, como seminários, plantar uma árvore, economia de luz, projetos de reciclagem e outras atitudes. Neste ano, as ações começaram a ganhar musculatura. A HSBC Seguros investiu R$ 3,5 milhões para lançar a primeira apólice de carro amiga do planeta. Todo cliente que comprar um seguro de carro será responsável pela preservação de 88 metros quadrados de mata nativa, sem nenhum custo no primeiro ano do contrato.
Caixa Seguros e Brasilprev anunciaram o plantio de árvores para neutralizar a emissão causada pela operação das companhias, recebendo o selo Carbon Free, que atesta que elas não contribuem com o aquecimento global e ajudam a recuperar e a conservar a ameaçada Mata Atlântica.
A AGF anunciou nesta semana a apólice com certificação digital, com o apelo do meio ambiente. Ela substitui os kits enviados anualmente para segurados e corretores quando um contrato é fechado. A seguradora calcula que a certificação digital preserva uma árvore a cada 600 kits de apólice.
A Porto Seguro, a maior seguradora de carros no País, lançou uma linha de inspeção móvel para avaliar a emissão de poluentes de veículos gratuitamente em diversos parques da cidade de São Paulo até dia 7 de outubro.
A pioneira foi a Bradesco Capitalização. A venda do título Pé Quente Bradesco SOS Mata Atlântica – com parte do valor pago revertido a projetos ambientais da Fundação Mata Atlântica – permitiu o plantio de 15 milhões de mudas de espécies nativas, neutralizando 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Fonte: Gazeta Mercantil

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