Comércio registra aumento de vendas 3 dias após a liberação do FGTS
Os comerciantes já começaram a sentir os efeitos da liberação dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No primeiro fim de semana depois do início dos saques, as compras, principalmente em dinheiro, cresceram, segundo empresários. O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sidivarejista) já espera um aumento de 3% nas vendas de março por conta da medida.
Proprietário de um restaurante em Taguatinga Norte, o brasiliense Adonias Santana, 51 anos, já percebeu a diferença. O efeito foi mais rápido do que esperávamos. No domingo, o restaurante estava cheio e quando fomos fechar o caixa, no fim do dia, percebemos que grande parte dos pagamentos foi feita em dinheiro, o que não ocorreu nos fins de semana anteriores. Muita gente aproveitou o que recebeu para levar a família para um almoço fora, comemorou. Para Santana, foi uma ótima medida do governo liberar esse dinheiro, pois ajuda o consumidor e o comércio a enfrentarem a crise.
Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, os saques de contas inativas do FGTS somaram R$ 3,26 bilhões, na última sexta-feira. Além disso, houve o pagamento extra de R$ 1 bilhão em razão de outros motivos, como demissões e créditos. Occhi estima que o total de pagamentos supere R$ 35 milhões. Para o próximo mês, a expectativa é de que os saques de contas inativas fiquem em torno de R$ 11 bilhões.
Impacto no PIB
- A Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos (Seplan), do Ministério do Planejamento, estima que as recentes medidas ampliando o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) terão impacto de aproximadamente 0,7 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, ou seja, o equivalente a R$ 48,2 bilhões. As contas da Seplan consideram quatro medidas envolvendo a poupança dos trabalhadores: o saque de contas inativas, o aumento do limite para compra de imóvel para R$ 1,5 milhão, a atualização de parâmetros do Minha Casa Minha Vida e a ampliação de três para 12 meses do prazo para o uso do fundo no pagamento dívida imobiliária em atraso.
Fonte: Correio Braziliense