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Começa o segundo tempo do jogo da reforma

O segundo tempo do jogo da reforma da Previdência começa nesta semana e, apesar do intervalo agitado das últimas três semanas, tudo indica para um reinício tranquilo da partida.

O que não garante que não haverá emoção quando a PEC chegar ao Senado.

Na Câmara, há insatisfações com algumas ações e declarações do presidente Jair Bolsonaro, mas a reação dos parlamentares não deve recair sobre a votação do segundo turno da proposta.

Isso não deve ocorrer porque o maior prejudicado com uma manobra dessa natureza seria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que acumulou força política durante o primeiro semestre e hoje tem capacidade para debater a pauta congressual em pé de igualdade com o governo.

No Senado, porém, o tipo de jogo que o governo vai enfrentar para aprovar a reforma da Previdência ainda não está definido. Uma das variáveis indefinidas é qual será o protagonismo que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre.

Ele tentou fechar um acordo com a Câmara para que os senadores alterassem o texto para incluir estados e municípios nas novas regras para aposentadoria, mas os deputados não aceitaram.

Além disso, os senadores podem querer imprimir sua marca da reforma e aí há um risco grande para o governo.

Se houver mudanças no texto aprovado pelos deputados, a Câmara precisa retomar a votação, o que provocaria problemas incalculáveis.

No Senado, haverá nova empreitada das corporações para promover mudanças no texto aprovado na Câmara e o governo estará se esforçando, no mesmo período, pela aprovação da indicação do filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, para a embaixada de Washington.

Esse tema pode contaminar o debate da reforma.

Fonte: NULL

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