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Cliente lesado, trabalho dobrado

É comum o corretor de seguros conhecer clientes que já foram lesados por outros canais de venda de seguros, como internet e, principalmente, bancos. Quando isso acontece é preciso reconquistar a confiança desse segurado. Porém, fazer isso é um trabalho árduo.
Para Alderi Alves de Moura, presidente do Sincor-RN, o profissional que se depara com cliente desconfiado por já ter experiência ruim com Seguro deve ser o mais transparente possível com ele. “O Corretor deve ser o mais transparente possível com o cliente que passou por essa situação, oferecendo todas as informações que disponibiliza como cobertura e garantias.”
Além disso, Alderi indica que o Corretor deve evitar ter o contato direto com o pagamento do prêmio. “Quando me deparei com casos assim, me preocupei que o pagamento fosse direto para débito em conta, para que não tivesse acesso a valores, já que tinham sido lesados justamente nisso. Dessa forma, passamos mais segurança.”Adolfo Fernandes, corretor da Costalarga Corretora de Seguros e Imóveis, explica que isso acontece com os clientes por alguns motivos. “São clientes que visam preço e se intitulam com capacidade de resolver seu sinistro sozinho, mas não sabem a burocracia necessária. Nunca precisaram de um Corretor, não sabem a real importância desse profissional.”Um exemplo já vivido por Adolfo envolve banco e sinistro não atendido. “O gerente do banco contratou um Seguro para o pai, que comprou um carro que era para o filho. Porém, o Seguro ficou no nome do pai, mas na verdade o condutor era o filho. Aconteceu um acidente, deu perda total no carro e o sinistro foi negado. Mas o gerente não entende de Seguro, não se atentou para o perfil e fez para vender, porque para ele é somente um produto. São vários os casos. Os bancos não têm conhecimento de causa, amarram o cliente pela venda casada e na hora do acidente o cliente entra em desespero e é mal atendido.”
Para Fernandes é difícil o corretor reconquistar a confiança de um cliente que foi prejudicado por um canal que não soube comercializar um seguro adequadamente. “É muito complicado. Isso acontecerá somente se o cliente precisar da cobertura na hora do sinistro e for mal atendido no banco ou se conseguir um preço melhor com o corretor, o que seria desvalorizar a profissão, já que para isso é preciso tirar a comissão para conquista-lo pelo custo”, finaliza.

Fonte: CQCS

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