Cinemas terão versões de filmes para cegos e surdos
Distribuidores de filmes e salas de cinema se preparam para ter tecnologia para receber clientes cegos e surdos.
A Ancine e o setor decidiram quais vão ser os tipos de arquivos com audiodescrição (para cegos) e Libras (para surdos) que vão acompanhar as cópias entregues às salas.
“Vamos fornecer um tablet com película que não dá reflexo. Cada usuário vai sentar onde quiser. Se vai incomodar os vizinhos, não sabemos”, diz Luiz Severiano, presidente da rede Kinoplex.
As adaptações atendem a uma lei que obriga todas as salas a serem acessíveis até julho de 2018. O setor pactuou com a Ancine que metade do parque vai estar preparado até o fim deste ano.
“Queremos implantar logo para captar clientes que ainda não vão ao cinema, mas é tudo novo, não estimamos custos”, diz Severiano.
Para grandes distribuidoras, cópias de filmes com arquivos em Libras e audiodescrição não terão preço alto, afirma Rodrigo Saturnino, diretor-geral da Sony Pictures.
“O problema [de custo] é de filmes que não têm dublagem ou que entram em poucas salas.
Nesses casos, as versões de acessibilidade saem por valor relativo maior.” A Ancine vai pagar R$ 15 mil às distribuidoras por estreia que entrar em poucas salas, diz Manoel Rangel, presidente da entidade.
“Temos R$ 2 milhões para contemplar isso. É suficiente para cerca de 150 títulos por ano nessa situação.”
Fonte: Folha de São Paulo