Chubb Seguros resolveu sair do segmento de transportes de carga e investir em novos ramos
A Chubb Seguros resolveu sair do segmento de transportes de carga e investir em novos ramos, como o seguro para automóveis e produtos massificados. Já a Porto Seguro, depois de crescer 37% em transporte em 2008, quer investir no segmento.A Chubb vinha movimentando cerca de R$ 3 milhões com a carteira de transporte por mês, incluindo as apólices que protegem a mercadoria transportada contra acidentes dos caminhões (chamadas de “RCTR-C”) e as de roubo da carga (“RCF-DC”). A seguradora resolveu cancelar mais de 300 apólices, que giravam R$ 36 milhões por ano.Aumento da inadimplência por conta da crise, má conservação das estradas, roubos em alta e preços do seguro em queda por causa da forte concorrência foram as razões que levaram a Chubb a desistir do segmento. “Não é um produto rentável”, diz Acacio Queiroz, presidente da Chubb. A seguradora vai apostar apenas no transporte internacional de mercadorias (exportação e importação).Em contrapartida, a seguradora prepara o lançamento de cinco novos seguros para 2009. Conhecida por atuar no mercado de carros de luxo, segurando apenas automóveis acima de R$ 60 mil, a Chubb prepara uma apólice com serviços diferenciados para carros abaixo desse valor. Queiroz não dá mais detalhes, pois diz que os produtos estão em análise na Susep, mas conta que também prepara novas apólices de seguros massificados e responsabilidade civil, que começam a ser testadas por corretores em breve.O seguro de transporte vem sofrendo com o desaquecimento da economia, com queda de 25% nos embarques nos primeiros meses do ano. “Mas acreditamos na melhora do mercado a partir deste mês”, conta Rose Matos, gerente do produto de transporte da Porto Seguro. Em 2008, a seguradora, muito conhecida por sua atuação no setor de automóveis, teve crescimento na carteira de transporte acima do mercado. A apólice que protege a carga contra acidentes cresceu 44%. A de roubo, aumentou 27%.Segundo a executiva, a maioria dos sinistros não é com roubos, mas com acidentes que ocorrem por conta das estradas ruins. Os roubos, diz ela, vêm sendo controlados por equipamentos sofisticados de rastreamento, que acompanham todo o transporte da mercadoria. A sinistralidade da Porto ficou em 44% no roubo, frente a 61% do mercado. (ASJ)
Fonte: Valor