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Casas Bahia vai vender seguro

A estratégia de atuar no segmento de seguros segue o caminho de concorrentes, como a Magazine Luiza. A Nova Casas Bahia, sócia do Grupo Pão de Açúcar, pretende entrar neste nicho – que faturou R$ 514 milhões no primeiro semestre – já no próximo mês. Em vista do potencial de crescimento desta modalidade entre a baixa renda, a empresa visa atingir boa parte dos seus 37 milhões de clientes.O diretor da área de relacionamento com o cliente, Jorge Azevedo, disse que a varejista acerta os últimos detalhes com a seguradora Mapfre para oferecer o serviço. Azevedo acrescentou que o segmento será oferecido primeiramente aos clientes preferenciais, que possuem cartão da rede. Porém, os usuários do crediário das mais de 1.000 lojas também receberão a oferta do seguro.A negociação foi revelada durante a inauguração, ontem, da unidade de São Caetano do CB Contact Center, prédio no qual se concentrarão funcionários da área de relacionamento com clientes da Casas Bahia.O diretor da área de venda e previdência da Mapfre, Caio Valli, explicou que o contrato com a varejista ainda não foi assinado. Mas confirmou que o produto será diferente do já existente.Hoje, a Casas Bahia trabalha como canal distribuidor do Vida Protegida & Premiada, da Mapfre. Lançado em agosto de 2009, o seguro – que paga até R$ 20 mil em indenização por acidente em transporte público – tem anuidade mínima de R$ 79,90 e cerca de 1 milhão de segurados.No caso do setor aéreo, a Casas Bahia cedeu espaço em algumas de suas lojas para que a TAM coloque estandes de venda de passagens, que podem ser pagas de forma parcelada no cartão da rede varejista.O diretor da consultoria de varejo Mixxer Desenvolvimento, Eugêncio Foganholo, explica que o seguro não é novidade entre os varejistas. “A extensão de garantia, por exemplo, é um seguro. Mas claro que ela é diretamente relacionada ao principal produto dessas empresas.”O Magazine Luiza, um dos varejista que já atua neste segmento, possui 50% da seguradora LuizaSeg. O restante é da Cardif, do grupo financeiro BNP Paribas.Na opinião do diretor geral da LuizaSeg, Luis Cozac, a entrada das Casas Bahia no mercado de seguros é positiva. “Desde que a venda seja bem feita e transparente”, acrescenta, mensionando a ampliação da divulgação do produto para a baixa renda.Ele disse que a LuizaSeg vende cerca de 20 mil apólices de seguro de vida e residência por mês.Segundo dados da Susep (Superintendencia de Seguros Privados), o faturamento do mercado de seguro de vida cresceu 32,2% no primeiro semestre sobre igual período de 2009.Aporte de R$ 7 mi em centro de relacionamentoCom presença do fundador da empresa, Samuel Klein, o filho e presidente da Nova Casas Bahia, Michael Klein, inaugurou ontem, em São Caetano, a segunda unidade da central de relacionamento com o cliente. O investimento foi de aproximadamente R$ 7 milhões e o prédio comporta 3.000 funcionários, porém está em operação com 1.000. Estavam presentes no evento o prefeito da cidade, José Auricchio Júnior (PTB), e o diretor executivo da empresa e neto, Rafael Klein.Segundo o diretor da área de relacionamento com o cliente da companhia, Jorge Azevedo, a unidade dará ênfase ao emprego para os menos qualificados e profissionais da terceira idade. Entre os 1.000 trabalhadores, 20 são aprendizes com idades entre 14 e 17 anos. “Estes não atendem clientes. Apenas aprendem as funções, fazem treinamento e ajudam na área administrativa”, afirmou o diretor.”Temos 50 que estão na melhor idade e, aproximadamente, 600 são da geração y, com idade entre 18 e 25 anos e que exercem o primeiro emprego”, explicou Azevedo.

Fonte: CQCS

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