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ESTE É O QUARTO ANO SEGUIDO DE NOVAS EMPRESAS LANÇANDO AÇÕES NA BOLSA PAULISTA. NO PRIMEIRO TRIMESTRE, SETE NOVATAS JÁ DESEMBARCARAM NA BOVESPA E OUTRAS 21 AGUARDAM SINAL VERDE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)
Por Aluísio Alves
Dentro de um cenário de elevada liquidez internacional, continua melhoria
dos fundamentos econômicos do Brasil e da disseminação de boas práticas de governança corporativa, a Bovespa registrou em 2006 a chegada de 26 novas empresas, ampliando tendência iniciada em 2004, com a Natura. Desde então, 50 companhias levantaram mais de R$ 29,5 bilhões em ofertas iniciais de ações, as IP0s no jargão do mercado. Pela primeira vez em uma década, a Bolsa paulista fechou o ano com mais empresas do que começou. Mas o receio dos efeitos de recentes problemas nos Estados Unidos e na China trouxeram a dúvida: teria chegado ao fim o quadro benigno?
“Algumas operações de lançamento de ações podem ser postergadas. Mas a tendência é que sejam retomadas assim que o mercado recuperar. Essa é uma tendência estrutural”, diz Walter Mendes, responsável pela área de renda variável do Banco Itaú, Os números falam por si. Terminado o primeiro quarto de 2007, já há sete novatas na Bovespa. Outras 21 só aguardam sinal verde da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
E bancos de investimentos, escritórios de advocacia e firmas de auditoria garantem que a volatilidade recente não mexeu com os ânimos.
“O cronograma das ofertas está mantido”, diz Henry Situtman, sócio da área de mercado de capitais do Pinheiro Neto Advogados, um dos mais ativos no setor. “Pretendemos levar três companhias à Bovespa nos próximos meses”, entusiasma-se Alvaro Gonçalves, sócio-diretor do fundo e private equity Stratus.
A movimentação dessas entidades, que compram participações em empresas emergentes para depois revendê-las, usualmente por meio de oferta de ações, dá uma idéia do que vem pela frente. Elas estiveram envolvidas em pelo menos dois terços dos IPO realizados desde 2004. Agora, preparam uma segunda e muito maior onda de investimentos. O Advent, que já tevou ao mercado nomes como Totvs, CSU CardSystem e Dufry, vai limpar sua carteira logo que vender as ações que detém na rede de lavanderias Atmosfera e na seguradora J. Malucelli (do Paraná Banco), que estão prestes a chegar à Bovespa. Por isso, já prepara nova carteira de US$ 1 bilhão para a América Latina.
Para especialistas, embora esse ciclo possa criar a impressão de um mercado excessivamente aquecido, semelhante à que precedeu o estouro da bolha de intemet, no ano 2000, o movimento atual está mais associado ao quadro econômico benigno. A conjuntura dá lastro para o otimismo. “Nossa visão do mercado não mudou com a turbulência, porque os fundamentos nacionais e internacionais não mudaram”, diz Mendes, do Itaú. No caso brasileiro, afirma, a manutenção da tendência de queda da taxa de juros doméstica e da do risco-País mantém o interesse das empresas pela Bolsa.

Fonte: Gazeta Mercantil

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