Brexit: cidades acolherão empresas financeiras que abandonam Londres
Existem várias cidades europeias para as quais mais empresas do setor financeiro estão se mudando, deslocando-se de Londres devido ao Brexit, de acordo com um estudo da EY.
O relatório assegura que mais de 7.000 empregados e 1,15 bilhão de euros serão transferidos da capital britânica para cidades da comunidade.
Este êxodo se deve ao fato de que as empresas procuram manter a sua licença para operar na União Europeia após a saída do Reino Unido do clube da comunidade.
Entretanto, todos os cenários estão sobre a mesa. A data da saída oficial do Reino Unido da União Européia estava marcada para 29 de março, mas foi adiada ou o país poderia deixar a União sem acordo.
Em qualquer caso, os europeus parecem contrários a qualquer renegociação do acordo alcançado no final de novembro com o Reino Unido e que os deputados britânicos rejeitaram na Câmara dos Comuns.
Sem esperar pelo resultado do Brexit, várias empresas do mundo das finanças já anunciaram que vão transferir algumas de suas atividades para outros lugares da Europa, em outras cidades do continente. Assim, eles poderão oferecer seus serviços em todos os países membros da União Europeia (UE).
De acordo com a firma de auditoria financeira EY, que realiza um acompanhamento das notícias sobre bancos, traders, gestores de ativos e seguradoras dentro de seu Brexit Tracker atualizado até na quarta-feira, 20 de março, cerca de 7.000 postos de trabalho devem ser realocados.
Além disso, espera-se que pelo menos 1 bilhão de libras esterlinas (cerca de 1,15 bilhão de euros) em ativos financeiros sejam transferidos para outras cidades da UE, em comparação com a estimativa de 800 bilhões de libras apresentada no final de novembro de 2018.
A EY acredita que este montante “provavelmente deve aumentar à medida que nos aproximamos do Brexit”, tendo em conta que o setor bancário do Reino Unido representa um total de cerca de 8 bilhões de libras.
“Mas à medida que nos aproximamos do Dia D, temos que reconhecer que há riscos que estão além do controle do setor. Nenhuma empresa de serviços financeiros pode saber com certeza qual o impacto que um Brexit desordenado terá na sua empresa, em seus clientes, nas pessoas e nas cadeias de suprimentos ou, mais genericamente, na economia do Reino Unido”, afirma Oma Ali, diretora financeira da EY no Reino Unido.
Estas são as cidades europeias que podem acomodar a maioria das empresas financeiras depois de serem ordenadas de menor para maior o número daquelas que podem acolher, de acordo com o levantamento realizado pela EY sobre a realocação de ativos e pessoal previstos ou confirmados pelos principais players do setor: Bruxelas; Madrid; Amsterdam; París; Luxemburgo; Frankfurt e Dublín.
Fonte: NULL