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“Brasileiro ainda é imprevidente”, afirma especialista em seguros

Dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), divulgados pela Funenseg (Escola Nacional de Seguros), mostram que o volume de vendas de seguros para residências aumentou em R$ 34 milhões, comparando o primeiro semestre de 2008 com o mesmo período em 2007. Entretanto, mesmo com esse crescimento, apenas 15% das residências brasileiras são seguradas. Segundo o especialista em seguros Maurício Tadeu, da Escola de Seguros, esse baixo número remete a um problema cultural.
Imprevidente
“Os seguros, de um modo geral, ainda não são produtos com um alcance cultural muito grande”, explica o professor. Para ele, a população brasileira ainda é “imprevidente”, ou seja, não se preocupa muito com produtos que garantam seus bens. “O brasileiro não é educado para pensar em possíveis perdas”, afirma Maurício.
Mesmo quando há esse tipo de preocupação, as pessoas geralmente priorizam os seguros de vida, incluindo o seguro saúde, os de veículos, e até mesmo o de alguns produtos do interior da casa, mas a residência acaba em segundo plano.
Valor dos bens
Isso reflete, na opinião do professor, em uma dificuldade para perceber o valor relativo dos bens e relacioná-lo com o preço das apólices. “A maioria das pessoas prefere adquirir um seguro para seu carro, que tem um custo muito inferior ao de uma casa, e não pensa que eventuais acidentes, como incêndios, ou roubos, poderiam trazer prejuízos grandes”, afirma Maurício.
“Geralmente se pensa que, por ser um bem muito mais caro, o preço do seguro para casa também é maior, quando na verdade, o valor anual de um seguro para residências chega a ser de R$ 200 a R$ 300 mais barato que o para carro”.
Mudanças
Mas essa concepção está mudando. Para o professor Maurício, os brasileiros estão aprendendo a comparar os valores dos produtos, bem como a buscar proteção e garantias.
E somado a essa nova visão, também há a questão econômica, que está estimulando a compra de seguros. “Existem os chamados ´agentes econômicos determinantes´. Se a economia apresenta crescimento e estabilidade, a área de seguros cresce”, aponta Maurício.
Benefícios
O crescimento das vendas de seguros para residências, além dos fatores já mencionados, segundo Maurício, também acontece por causa do valor agregado a esse produto. “Além da proteção contra roubos, incêndios e outros acidentes, há os benefícios que diversas seguradoras oferecem aos clientes”.
O professor explica que, hoje, a tendência é que a maioria dos membros de uma família trabalhe fora. Não há muito tempo disponível para realizar pequenos reparos e, também, muitas vezes a casa fica sozinha o dia todo. “Por essa razão, além da questão da segurança, os consumidores são atraídos por seguradoras que oferecem serviços como o de chaveiro, eletricista e bombeiro. Algumas oferecem até serviço de babá”, conclui.

Fonte: InfoMoney

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