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Brasil surpreende em 2013 com expansão de 2,3%, mas 2014 deve ser mais difícil

A economia brasileira surpreendeu no quarto trimestre com crescimento acima do previsto, mas o resultado ainda não foi suficiente para uma mudança significativa das expectativas de um 2014 mais fraco.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,7 por cento no quarto trimestre de 2013 na comparação com os três meses anteriores, mais que o dobro da mediana das previsões de economistas consultados pela Reuters, com destaque para o setor de serviços e o consumo do governo e das famílias, que apresentaram expansão.
Em relação ao quarto trimestre de 2012, a alta foi de 1,9 por cento, garantindo um avanço em todo o ano de 2013 de 2,3 por cento, acima do 1 por cento no ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
O peso do pagamento dos impostos acabou sendo maior na formação do PIB no ano passado do que em períodos anteriores, sobretudo via ICMS.
Havia preocupações de que o país pudesse ter entrado em recessão técnica no fim do ano –quando há retração por dois trimestres seguidos–, porque no terceiro trimestre de 2013 o PIB encolheu 0,5 por cento sobre o período imediatamente anterior. A última vez que o Brasil viveu essa situação foi no fim de 2008 e início de 2009, auge da crise financeira internacional.
O crescimento de outubro a dezembro sobre os três meses anteriores veio com a expansão do setor de serviços (+0,7 por cento) e do consumo das famílias (+0,7 por cento) e do governo (+0,8 por cento). A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) –medida de investimentos– também mostrou resultado positivo, com alta de 0,3 por cento.
Nessa comparação, no entanto, a agropecuária ficou estagnada e a indústria encolheu 0,2 por cento, um sinal de fraqueza que chamou a atenção de especialistas.
“A queda da indústria deixa evidente que o que está mantendo o país com uma taxa de crescimento apenas moderada são os problemas no campo da oferta e isso deve continuar neste ano”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, que vê expansão de 1,8 por cento do PIB em 2014.
Segundo o economista da gestora de recursos Saga Capital Gustavo Mendonça, o mercado esperava uma queda no investimento, o que não aconteceu. “É possível que o aumento do investimento tenha a ver com maiores estoques. Assim, devemos ter um número mais fraco do PIB no primeiro trimestre”, afirmou Mendonça. “O ano começou com muita incerteza.”
A Reuters consultou 21 analistas nesta quinta-feira e apenas seis deles já revisaram suas previsões para o PIB brasileiro em 2014 para cima, após o quarto trimestre mais forte que o esperado.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o desempenho do quarto trimestre ficou acima das projeções do próprio governo e que estão dadas as condições para que a trajetória de “crescimento moderado” da economia continue em 2014, ano eleitoral em que a presidente Dilma Rousseff tentará a reeleição.

Fonte: http://noticias.br.msn.com

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