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Brasil é a saída de seguradora estrangeira para driblar a crise

Com a crise financeira internacional, as seguradoras estrangeiras com filiais no Brasil aproveitam para apostar todas as suas fichas no País, uma vez que a economia brasileira ainda é uma das únicas com algum de potencial de expansão em meio ao cenário turbulento. Com a crise financeira internacional, as seguradoras estrangeiras com filiais no Brasil aproveitam para apostar todas as suas fichas no País, uma vez que a economia brasileira ainda é uma das únicas com algum de potencial de expansão em meio ao cenário turbulento.
Segundo Rafael Garrido, gerente responsável por Seguros da Everis Brasil, a economia brasileira se torna protagonista de estratégias globais das empresas como um mercado que está crescendo. “As seguradoras estrangeiras enxergam mais de perto as atividades brasileiras com grande interesse em fusão e aquisição e com isso, o mercado fica mais concentrado, porém mais competitivo”, afirma o executivo. Para Garrido, a fusão traz menos players mas os existentes ficam maiores e mais eficientes. Segundo Acácio Queiroz, presidente da Chubb, o mercado internacional avalia com muito bons olhos o Brasil e como um dos poucos que sente garantia de investir, pelo fundamento da economia. “A Chubb vai continuar com mesmos planos estratégicos para a subsidiária brasileira que já existiam antes da crise”.
O presidente da Allianz também está otimista com sua filial no País. Segundo Max Thiermann, a seguradora tem otimismo moderado para 2009, com crescimento acima do mercado. Para 2008 a expectativa é crescer 20% em prêmios.
A seguradora vai continuar com investimentos em intercâmbio de treinamento de seus funcionários em filiais no exterior, principalmente para especialização em grandes riscos como o de engenharia. O segmento tem grande  representação no Brasil no seguro para construção de usinas de energia eólica. Segundo ele, assim que o País começou a ter maior demanda por esse tipo de seguro, a Allianz, com o investimento em treinamento, se tornou líder no seguro de energia eólica. “Somos um dos únicos que já que sabíamos a analisar o risco”, analisa. Para Thiermann, com as experiências internacionais a seguradora passa a trazer produtos que possam ser interessantes para a adaptação no País. De acordo com Sérgio Luiz Camilo, vice-presidente da Tokio Marine, há um grande interesse da seguradora em fusões e aquisições no País, principalmente neste momento de crise.
Recentemente, a matriz da seguradora japonesa adquiriu a americana Philadelphia, por US$ 4,7 bilhões, o que representa cerca de 60% do mercado de seguros brasileiro. “Com a consolidação da Philadelphia, a filial americana se tornou a maior operação da Tokio Marine, após o Japão, o Brasil vem em terceiro lugar”, explica Camilo. A Tokio Marine é a sétima maior seguradora do mundo, localizada em mais 40 países. “Com a crise não sei se a colocação continua a mesma”. A seguradora também está negociando com o Santander a venda de 50% de sua participação na carteira de vida e previdência da Real Tokio Marine Vida e Previdência. Após a fusão com o Banco Real, o Santander ficou com metade da carteira de vida e previdência da seguradora e pretende comprar a outra fatia. Até outubro, o faturamento da participação da seguradora na Real Tokio Marine totalizou R$ 693 milhões.
 Repasse O final do ano é o momento para as empresas avaliarem os seus lucros e dependendo da necessidade da matriz, esses valores devem ser repassados para o exterior. Segundo Lauro Faria, consultor da Escola Nacional de Seguros (Funenseg), com o dólar valorizado, o lucro pode ser reduzido se for repassado para o exterior. “Acredito que não haverá tantas remessas”, diz.
Segundo Aléxis Cavichini, professor da UFRJ, é cobrado um imposto para a emissão das remessas, mas provavelmente este ano, com as dificuldades devido a crise, a maioria das seguradoras devem repassar o lucro para o exterior. “Acredito que já ocorra com as seguradoras internacionais que precisam de caixa”. Para Gustavo Mello, sócio da Correcta Seguros, as remessas de lucros são reguladas com o Banco Central. Segundo ele, as seguradoras no passar do tempo vão apurando o lucro, que pode ser repassado para o exterior, mas só no final do ano se não houver sinistros esse dinheiro pode ser apropriado e repassado para fora. “O resultado do lucro no balanço de dezembro só vai ser finalizado em março”, explica. Segundo ele, a distribuição para fora depende da aprovação dos acionistas. Segundo Max Thiermann, presidente da Allianz, os lucros são passados de acordo com as leis de cada país. “As leis é que gerenciam o valor que pode ser distribuído para cada acionista e o quanto pode manter na reserva – margem de solvência [cálculo por prêmio e sinistro].

Fonte: CQCS

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