Bradesco é o melhor em gestão de pessoas
Desde o presidente do conselho de administração, Lázaro Brandão, há 64 anos no Bradesco, até o recém-promovido chefe de serviço, Carlos Eduardo, três anos de casa, todos compartilham uma mesma idéia: com dedicação, qualquer funcionário pode progredir dentro do banco.
Essa visão é considerada pelo presidente, Márcio Cypriano, o motivo principal que levou a instituição a ser eleita a melhor empresa na gestão de pessoas em 2007, de acordo com pesquisa realizada pelo Hay Group Brasil para a revista “Valor Carreira”. “Este prêmio nos envaidece muito e mostra a importância da valorização do pessoal prata da casa”, diz Cypriano.
Todos têm oportunidade, até mesmo quem vem de aquisições, como o próprio Cypriano, que entrou no banco em 1973, então gerente de uma agência em São Paulo do incorporado Banco da Bahia.
Os números dão força a esse pensamento. Quase 47% dos funcionários, aproximadamente 30 mil pessoas, estão no banco há mais de 10 anos; e 91%, dos mais de 63 mil empregados, pretendem continuar por pelos menos mais cinco anos na organização.
Além disso, todos os diretores são oriundos da própria instituição, ou fizeram carreira depois de vir de bancos incorporados. Muitos deles, inclusive, tiveram no Bradesco seu primeiro emprego. É o caso do principal responsável pela área de recursos humanos, o diretor-executivo Milton Matsumoto, que completou em setembro 50 anos de casa, tendo começado como auxiliar de contínuo, em 1957.
Internamente, a política é conhecida como “carreira fechada”, com praticamente todas as oportunidades disponíveis sendo preenchidas por profissionais da própria organização, priorizando aos colaboradores o acesso a cargos em todos os níveis hierárquicos da empresa. Foi criado até um banco de currículos interno, para identificar funcionários para as diversas oportunidades espalhadas pelo grupo.
A motivação criada pela possibilidade real de crescimento fica clara no contato com os funcionários. “Quero ir o mais longe que eu puder”, descreve um desses “pratas da casa”, Carlos Eduardo Menghui Bufalo, ex-aluno da Fundação Bradesco e agora chefe de serviço da área de gestão de riscos e compliance.
Essa postura também foi identificada na pesquisa do Hay/Valor. Entre os entrevistados, 85% estão dispostos a se dedicar além do exigido pela função que exercem e 90% das pessoas destacam o comprometimento geral como um dos pontos mais favoráveis da organização. “O Bradesco se diferencia em relação ao desenvolvimento da carreira, com um papel positivo da chefia nesse processo”, explica a consultora do Hay Group, Rita de Marco.
O presidente gosta de citar um dado como indicador de que o respeito ao funcionário produz um ambiente mais saudável e se reflete no bom serviço prestado aos clientes. “Não figurarmos há 20 meses consecutivos no ranking interno de reclamações, divulgado pelo Banco Central, é uma evidente demonstração do compromisso de todos para a excelência no atendimento”.
Fonte: Valor
