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Bons negócios vêm de fora

DA REDAÇÃO
A missão empresarial e governamental à Alemanha, que teve início na segunda-feira, pode trazer bons frutos para as micro e pequenas empresas fluminenses. A fabricante de eletrônicos Siemens aceitou o convite do governador Sergio Cabral para instalar sua 13ª fábrica brasileira no Rio de Janeiro, o que beneficiará pelo menos 100 pequenas e microempresas, que fornecerão, direta ou indiretamente, para a empresa alemã.
Segundo o diretor-superintendente do Sebrae-RJ, Sergio Malta, que acompanha o governador na viagem, esse é o número de pequenos negócios que terão reflexos positivos com a instalação de um grande empreendimento, como o da Siemens. Se levarmos em consideração que as pequenas empresas empregam cerca de 10 pessoas, em média, um investimento de grande porte como esse pode gerar mais de mil empregos só com os negócios de menor porte, explicou.
O superintendente do Sebrae-RJ ressaltou ainda que as pequenas e microempresas fluminenses têm grande importância na economia e representam cerca de 98% das empresas do Rio de Janeiro. A instalação de grandes companhias no estado é fundamental para manter não só o vigor dos pequenos negócios existentes, mas também para gerar novos pequenos empreendimentos, que passam a fazer parte da cadeia de fornecedores.
Para se ter uma idéia, só com a Thyssen Krupp, por exemplo, que está se instalando em Santa Cruz, serão criados 14 mil empregos indiretos, ou seja, gerados a partir de empresas que serão contratadas ou passarão a fornecer para a fábrica. As micro e pequenas empresas certamente se beneficiarão desse processo, afirmou Malta.
Não é de hoje que os alemães investem no estado. A ThyssenKrupp CSA está em fase final de instalação em Santa Cruz e a Volkswagen Caminhões já funciona há 11 anos em Resende. O Sebrae-RJ vem trabalhando para aproximar as grandes empresas das micro e pequenas, de modo a inseri-las nas cadeias produtivas.
A ThyssenKrupp foi uma das grandes corporações a participar das rodadas de negócios promovidas pela entidade com empresas de pequeno porte da Zona Oeste, como a última edição do Encontro Internacional de Comércio Exterior e Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro (8ª Oeste Export), maior feira de negócios da Zona Oeste.
Para Cabral, apesar da globalização e do desenvolvimento dos meios virtuais como plataforma de negócios, os países estrangeiros, entre eles os europeus, ainda apresentam grande falta de informação sobre o Estado. Na prática, as missões internacionais trazem dinheiro e empregos para o nosso Estado. Você gera boa atmosfera e negócios diretos e indiretos. Não tem cabimento que o estado não saia para se vender. A Firjan e o Sebrae já faziam esse esforço, mas certamente o suporte público é muito importante. A missão conjunta é essencial. É o lado governador-mascate em ação.
INVESTIMENTOS. Das 13 missões internacionais que o governador Sérgio Cabral liderou desde que assumiu o mandato, pelo menos sete estão relacionadas diretamente à atração de investimentos de empresas estrangeiras para o Rio de Janeiro. Junto com a Federação das Indústrias (Firjan) e o Sebrae, Cabral realiza em sua gestão uma ação de política que, segundo ele, traz resultados a curto, médio e longo prazos.
De acordo com o governador, por mais que o mundo esteja globalizado e com capacidade virtual, ainda há no exterior falta de informação sobre o Rio. A estratégia, portanto, é mostrar que, além do potencial turísitico, o Rio é importante rota para investimentos estrangeiros.
Nesta última, à Alemanha, ele propôs a reinstalação da base da companhia aérea Lufthansa no Rio. Desde o início de sua gestão, o governador já conseguiu que a British Airways abra uma linha direta Londres – Rio até outubro deste ano, e que a Alitalia faça o mesmo na rota Roma-Rio no segundo semestre.
O governador almoça na próxima semana com o embaixador americano e todos os diretores de companhias americanas no Rio também com a finalidade de estimular vôos diretos dos Estados Unidos para a capital. Na conquista do apoio das autoridades alemãs, Cabral expôs as bem sucedidas experiências da Air France e da TAP, cujos vôos diretos – Paris – Rio e Lisboa – Rio – chegam e partem lotados da cidade.
Resultados das missões
Japão e Coréia do Sul
Volta do Rio de Janeiro à disputa por fabricas das montadoras Toyota e Hyunday, além de negociações para o projeto do trem-bala. No caso da Hyunday, as negociações já contam com a aprovação de um terreno apresentado pelo estado.
França
Investimentos franceses vão criar cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos em três anos. As empresas visitadas durante a missão e que asseguraram novos investimentos no estado são: Michelin (pneus), Peugeot Citroën (automobilística), L´Óreal (cosméticos), Servier (farmacêutica) e Safran (helicópteros e equipamentos de defesa).
Itália
Empresários italianos vieram ao Brasil depois da visita de Cabral àquele país interessados em investir nas áreas de construção civil e infra-estrutura. Representantes de peso, como a Anas, construtora de rodovias; Pavimentol, empresa de asfalto; Bonífica e Dante, da área de infra-estrutura. Anúncio da instalação de uma fábrica de fogões industriais da brasileira Falmec (fabricante de coifas) numa joint venture com italiana Smeg. O empreendimento demandou investimento de R$ 10 milhões e abre caminho para criação de um pólo metal-mecânico em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A Ecis anunciou intenção de investir US$ 20 milhões em unidade de produção de equipamentos para o setor de petróleo – a empresa já tem a Petrobras como cliente. Para concretizar o projeto, pediu que o Governo ajude na busca de parceiro local e terreno adequado para as atividades. A Fin, do setor metal-mecânico, também firmou interesse em vir para o Rio investir em unidade para produção de helicópteros. Outra que sinalizou interesse de se instalar no estado foi a Ene, também do setor petrolífero.
Transportes
O governo recebeu mês passado proposta do consórcio de empresas japonesas Jorsa (Japan Overseas Rolling Stock Association), para a construção do TAV (Trem de Alta Velocidade) brasileiro, que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo. Empresas como Kawasaki, Toshiba, JR-East, Mitsui e Mitsubishi, apresentaram diversos projetos utilizados na construção do TAV no Japão e em Taiwan. O TAV proporcionou o desenvolvimento da economia nas áreas por onde passou.
Estímulo do Estado aos municípios para lançar, no Rio, um programa público semelhante ao das ciclovias de Paris, como Velib. A Prefeitura do Rio já lançou edital para adotar o programa, além de Resende, no Sul fluminense. Devido à visibilidade que o governador deu ao projeto na última viagem à França, a Smart Bike, maior operadora de bicicleta pública, com sistemas instalados em mais de 27 capitais da Europa, resolveu realizar no Rio a Convenção Latino Americana da companhia. O evento será nos dias 23 e 27 de junho
Fazenda
No setor de resseguros, já houve a instalação no Rio de grandes empresas: o Lloyds of London, maior mercado de seguros e resseguros do mundo anunciou a sede de sua subsidiária brasileira no Rio. Depois, vieram a alemã Hannover Re (visitada na Alemanha nesta terça-feira, segundo dia da missão oficial de Cabral) e as norte-americanas Transatlantic Re e XL Re. A Koreanre, a 12ª maior do mundo, com sede na Coréia, também anunciou a instalação de uma base no Estado.
Fonte: Governo do Estado

Fonte: Jornal do Commercio

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