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Bolsa lidera retorno de investimentos no acumulado no ano

Com a alta acumulada de 24,36% do Ibovespa, principal indicador da Bovespa, até o último pregão de abril, a bolsa tem sido o melhor investimento no ano, de acordo com ranking de desempenho das principais aplicações financeiras elaborado pelo administrador de investimentos Fabio Colombo.

O ouro teve a segunda maior rentabilidade no acumulado nos 4 primeiros meses de 2016, com valorização de 5,54%, seguido dos títulos indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com alta indicativa de 5,03% até o final de abril.

Na outra ponta, o dólar e o euro foram os piores investimentos no ano, acumulando até o final de abril perda de 13,08% e 8,81%, respectivamente. O dólar fechou nesta sexta-feira a R$ 3,44, na menor cotação desde julho.

Já a popular caderneta de poupança, que vem registrando saída recorde de recursos, apresentará rendimento líquido de 2,60% nos 4 primeiros meses do ano, perdendo para investimentos de renda fixa como o CDB (que subiu 4,23%), fundos DI (alta média de 4,35%) e fundos de renda fixa (alta média de 4,43%).

O levantamento considera marcações de mercado e também médias indicativas, em razão da diversidade de papéis e prazos de algumas aplicações.

O ranking não inclui títulos comprados diretamente no Tesouro Direto. Alguns dos papéis acumulam até o final de abril rentabilidade de mais de 20%, segundo dados do Tesouro Nacional. Vale lembrar, no entanto, que o Tesouro possui vários de tipos de papéis à venda, com vencimentos que vão de 2016 a 2050, e que a rentabilidade depende sempre do momento do resgate da aplicação.

O comportamento dos mercados, sobretudo do dólar e da bolsa, tem sido direcionados predominantemente pelo cenário político.

Nos últimos meses, a queda do dólar e alta da Bovespa têm sido associadas à euforia dos investidores com a perspectiva de prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e crescimento das apostas de uma troca de governo.

“Os dados econômicos ficaram, totalmente, em segundo plano. O mercado já dá como certo o afastamento da presidente, por 180 dias, e a posse de Temer”, afirma o administrador de investimentos Fabio Colomb. Ele acrescenta que, no cenário externo, os mercados se mantiveram “relativamente calmos” em abril, com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) indicando que os aumentos dos juros na maior economia do mundo serão mais graduais, devido a fraqueza das economias emergentes e europeia.

Para Colombo, o prosseguimento do processo de impeachment no Senado tendem a continuar a pautar os mercados no mês de maio, assim como variáveis como desdobramentos da operação Lava Jato, novas medidas econômicas de um eventual  novo governo e reação do PT e das ruas contra um eventual governo Temer.

Em razão da forte alta do Ibovespa nos últimos meses, o administrador recomenda a “venda gradativa e parcial da carteira de ações”. Já dólar e ouro, segundo ele, continuam como “opção para diversificação” de investimentos, como uma forma de seguro para investidores com perfil conservador e moderado, com visão de longo prazo.

Recuperação do Ibovespa
Com a alta de mais de 24% em 2016, o Ibovespa já reverteu as perdas acumuladas nos últimos 2 anos. A bolsa brasileira completou o terceiro mês seguido de ganhos, registrando alta de 7,7% em abril.

Em 2015, a bolsa foi o pior investimento do ano, com perda de 13,31%. Em 2014 e 2013, o Ibovespa também acumulou baixas, de 2,91% e de 15,5%, respectivamente.

Fonte: G1

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