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BC estima crescimento de 3,8% para o PIB de 2007

Apesar das medidas do pacote fiscal que serão anunciadas ainda nesta semana, cujo objetivo básico é estimular investimentos para alcançar uma taxa de crescimento de 5% ao ano a partir de 2007, a avaliação do Banco Central, divulgada nesta quarta-feira (20) por meio do relatório de inflação do quarto trimestre, é que o Produto Interno Bruto (PIB ) avançará 3,8% no próximo ano. Para 2006, a estimativa de crescimento da economia brasileira foi reduzida de 3,5% para 3%.
A estimativa do BC para o crescimento da economia brasileira no próximo ano coincide com a projeção divulgada nesta terça-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), para quem o PIB crescerá 3,4% em 2007. Para o mercado financeiro, a economia avançará 3,5% no ano que vem.
Em 2007, segundo avaliação do Banco Central, a agropecuária crescerá 3,7% e o PIB industrial avançará 4,7%. A indústria de transformação, por sua vez, terá crescimento de 3,7% e a indústria extrativa mineral de 8,4%, ao mesmo tempo em que a construção civil terá crescimento de 5,7%.
Para o setor de serviços, informou o BC, a estimativa é de crescimento de 2,4% no próximo ano, com o comércio avançando 5,3% e o setor de transportes crescendo 6%. O setor de comunicações deverá apresentar crescimento de 0,6% e os bancos de 3,5% em 2007, de acordo com a autoridade monetária.
“Os efeitos da flexibilização da política monetária e da estabilidade econômica, explicitados na continuidade da melhora das condições de crédito e na manutenção dos ganhos de renda dos consumidores, deverão exercer reflexos diretos no resultado da indústria e em alguns itens dos serviços, a exemplo de comércio e transportes”, avaliou o BC, ao comentar a sua previsão para o PIB de 2007.
Inflação
O Banco Central baixou de 3,5% para 3,1% a sua expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2006, informou a própria instituição por meio do relatório de inflação do quarto trimestre. Para 2007, a projeção do BC para o IPCA recuou de 5,2% para 4,3%. Para 2008, segundo o BC, o IPCA será de 5,4%. Esta é a primeira vez que o BC estima a inflação de 2008.
Estas projeções foram feitas pelo BC com base nas estimativas do mercado financeiro (cenário de mercado), que prevê a taxa de juros, que atualmente está em 13,25% ao ano, em 12% ao ano no fim de 2007, e câmbio de R$ 2,25 no final do próximo ano. O cenário de mercado representa os melhores dados disponíveis no momento da última reunião do Copom, utilizada para o relatório de inflação.
No chamado “cenário de referência”, que pressupõe taxa Selic inalterada em 13,25% ao ano, e câmbio estável em R$ 2,15 por dólar – vigentes antes da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no fim de novembro – a projeção do BC para o IPCA de 2006 caiu de 3,4% para 3,1%. Para 2007, a projeção da autoridade monetária recuou 4,3% para 3,9%. Para 2008, a estimativa do BC, no cenário de referência, é que a inflação fique em 4,5%.
Definição da taxa de juros
O BC orienta suas decisões sobre a taxa de juros para atingir as metas de inflação fixadas para 2006 e 2007. Para ambos os anos, a meta central de inflação, tendo o IPCA como indicador, é de 4,50%, com um intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais para cima e para baixo. Deste modo, a inflação pode oscilar entre 2,50% e 6,50% nos dois anos sem que a meta seja formalmente descumprida.
Ao informar que está prevendo um IPCA abaixo de 4,50% para o ano que vem, no chamado “cenário de mercado” – que contempla melhores projeções disponíveis no momento da última reunião do Copom – o Banco Central demonstra considerar factível a trajetória de juros estimada pelas instituições financeiras naquele momento, ou seja, com a Selic caindo pelo menos para 12% ao ano no fim de 2007.

Fonte: G1

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