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Banco Itaú celebra ano dourado no Chile

Há um ano, quando começou a operar no Chile, o Itaú tinha um bom desafio pela frente: convencer os chilenos de que banco brasileiro é tão sólido quanto banco americano. A marca BankBoston, há mais de 26 anos no mercado chileno, saía de cena e entrava o desconhecido Itaú, olhado com certo preconceito e carregando em seu logotipo azul e amarelo o laranja, sinônimo de produto popular. Resolvida a questão da cor – o laranja teve a presença reduzida a um simples filete numa elegante faixa cinza que enfeita as fachadas das agências -, o Itaú decidiu ampliar a rede e a concessão de créditos, estreando em setores que o americano não entrava, como o imobiliário e a pesca de salmão.
O resultado registrado no fim de 2007 é positivo. O lucro líquido anual cresceu 183% para 19,48 bilhões de pesos chilenos. “Tivemos um ano extraordinário”, diz o gerente geral do Itaú no Chile, Boris Buvinic. Se forem consideradas as despesas em função da compra dos ativos do BankBoston (a aquisição no Brasil incluiu as operações no Chile e Uruguai) , o lucro correspondeu a US$ 50 milhões e a meta para daqui 3 anos é chegar a US$ 100 milhões. Os números são tímidos se comparados aos do Banco Santander e Banco del Chile, líderes do mercado chileno, mas suficientes para levar o Itaú de 10º para 8º lugar no ranking e ocupar a 7ª posição na lista de maiores lucros do quarto trimestre.
Uma diferença importante em relação ao BankBoston e que ajuda a explicar o crescimento do banco brasileiro em seu primeiro ano no Chile foi a decisão de emprestar dinheiro a prazos mais longos. “Agora podemos conceder crédito com prazo maior de cinco anos. Antes, não”, disse Buvinic ao Valor, na sede do Itaú instalada num prédio equivalente a dez andares, no bairro de Las Condes, bem pavimentado, limpo e com árvores nas calçadas. O sinal verde para financiar operações de empresas de pesca de salmão e do setor imobiliário também trouxe novos clientes.

Fonte: Valor

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