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Banco do Brasil amplia volume de crédito com taxas menores para agricultores

Além do aumento de 25% do volume de recursos para financiamento da safra 2008/2009, anunciado ontem(7) pelo Banco do Brasil, o governo também ampliou o percentual de crédito com taxas mais baixas, a chamada taxa controlada. Segundo o vice-presidente de Agronegócio do banco, Luiz Carlos Guedes Pinto, essa é mais uma estratégia para tentar conter a alta dos preços dos alimentos no mercado interno.
Enquanto na safra passada (2007/2008), 70% dos recursos foram emprestados com taxa de 6,75% ao ano, na próxima colheita, 80% do volume de crédito concedido pelo banco será corrigido com a taxa de 6,75% ao ano. O restante será financiado com juros que poderão chegar a 17% ao ano.
“Sem dúvida, um dos objetivos principais desse programa é o aumento da produção de alimentos. Sabemos que esse é um item muito importante na composição da cesta-básica das famílias brasileiras”, disse Guedes Pinto. “Ele [o crédito] pode contribuir significativamente para que os alimentos tenham seus preços controlados. Controlados não oficialmente, mas pelo aumento da oferta.”
Para Guedes Pinto, com o incremento no volume de recursos para financiar a próxima safra, a agricultura estará em condições de continuar ampliando o produção. “Estamos convencidos de que a agricultura brasileira estará mais preparada para continuar esse desempenho excepcional que tem tido nos últimos anos. E, muito provavelmente, se as condições climáticas forem normais, poderemos superar os 143,5 milhões de toneladas da última safra.”
Aliado ao aumento de crédito aos produtores rurais, Guedes Pinto disse que o Banco do Brasil, principal agente financeiro da agricultura brasileira, vai investir também em mecanismos de proteção, como o seguro agrícola.
De acordo com ele, na safra passada, o banco contratou R$ 12,4 bilhões em custeio agrícola. Desse total, 51,2% estava protegido por mecanismos contra intempéries, como o seguro agrícola. “O Banco do Brasil tem estimulado o uso do seguro rural. Também estamos estimulando os produtores que façam a proteção da sua renda contra uma eventual variação do valor da produção no momento da colheita”, afirmou.
O ex-ministro lembrou que os produtores rurais que optaram por renegociar ou prorrogar suas dívidas não poderão financiar recursos para investimento, apenas para custeio que serão proporcionais, segundo Guedes Pinto, a capacidade de pagamento do agricultor.
Para facilitar a vida dos produtores rurais, o banco vai oferecer, já a partir do mês de agosto, uma ferramenta eletrônica via internet para o acolhimento, envio e acompanhamento das propostas de crédito rural.

Fonte: Agência Brasil

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