Banco alemão vai precisar de 50 bilhões de euros este ano
O governo alemão informou ontem que irá garantir os depósitos em bancos privados como parte de sua resposta para a crise bancária, seguindo o movimento do governo irlandês que foi irritou alguns países europeus.
As autoridades governamentais e o setor financeiro alemão debatiam ontem sobre a situação do banco hipotecário Hypo Real Estate.
O Estado garante os depósitos privados na Alemanha afirmou o porta-voz do Ministério das Finanças, Torsten Albig. Um segundo porta-voz do ministério afirmou que as garantias são ilimitadas.
Estamos dizendo aos poupadores que seus depósitos estão garantidos. O governo federal também está comprometido com isso afirmou a chanceler Angela Merkel em entrevista em Berlim.
O ministro das Finanças Peer Steinbrueck afirmou que a Alemanha não deveria ter que se preocupar em perder nem mesmo um euro dos seus depósitos.
Isto é um sinal importante para que as coisas se acalmem e que as reações excessivas que poderiam intensificar a crise e tornar os esforços preventivos ainda mais difíceis sejam evitadas afirmou ele em entrevista com Merkel.
Segundo o acordo, os bancos comerciais e seguradoras injetarão mais 15 bilhões de euros (US$ 20,8 bilhões ) em liquidez para o banco hipotecário além dos 35 bilhões de euros que já estava acordado junto com Bundesbank, afirmou o ministério.
Fracasso anunciado
O Hypo Real Estate anunciou sábado à noite o fracasso da operação e destacou que o grupo de bancos privados que tinha se comprometido a participar, junto com o Estado, em um empréstimo imediato de 15 bilhões de euros tinha retirado sua oferta.
Fontes do governo anunciaram a possibilidade de ampliar o raio de entidades a participarem do pacote de resgate às seguradoras, com o que os encargos ficariam divididos entre o Estado, os bancos e as companhias de seguros.
A primeira operação de ajuda previa o empréstimo imediato, além de um segundo lance de 20 bilhões de euros por parte do Estado até meados de 2009.
Um relatório do Deutsche Bank chegou à conclusão de que o banco em crise precisa de 50 bilhões de euros até o final do ano, e pelo menos entre 70 bilhões e 100 bilhões de euros até o final de 2009.
Fonte: Jornal do Brasil