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Aumentam oportunidades de emprego em navios

Nos últimos anos, os cruzeiros marítimos caíram no gosto dos brasileiros. Com isso, mais empresas começaram a se interessar por esse mercado, aumentando as oportunidades de emprego para profissionais especializados. Ricardo Amaral, presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), afirma que o crescimento acontece na medida em que o número de navios que vem para o Brasil se eleva. Segundo ele, de acordo com a legislação, as operadoras são obrigadas a reservar pelo menos 25% da tripulação de cada navio aos brasileiros.
Segundo Douglas Santos, gerente de recrutamento da Royal Caribbean – operadora de cruzeiros marítimos –, as companhias precisam, em sua tripulação, de profissionais capacitados para atender ao público brasileiro que, além de exigente, demanda uma atenção especial.
“Com o crescimento econômico do Brasil, as companhias internacionais acreditam que o País desenvolveu os setores de turismo e hotelaria e, por isso, qualificou sua mão de obra”, afirma Marcelo Del Bel, gerente de recrutamento da Infinity Brazil – agência de recrutamento direcionada para trabalhos em navios.
De acordo com a Abremar, a tendência de expansão do setor deve se consolidar na temporada 2010/2011, que teve início em outubro do ano passado e se encerra em maio de 2011. A expectativa da associação é de que 884 mil pessoas viagem em 414 roteiros, que irão percorrer 21 cidades do litoral brasileiro, o que corresponde a um crescimento de 23% sobre a temporada anterior em termos de passageiros.
Número de navios por temporada:
Temporada
Número de navios
2005/2006
9
2006/2007
11
2007/2008
14
2008/2009
16
2009/2010
18
2010/2011
20Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar)
Número de pessoas empregadas a bordo em cada temporada:
Temporada
Número de pessoas empregadas
2004/2005
1.058
2005/2006
1.128
2006/2007
1.377
2007/2008
1.462
2008/2009
2.810
2009/2010
3.955Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar)
Esse aumento das oportunidades também é impulsionado pelo diversidade de funções oferecidas em cruzeiros marítimos. São contratados profissionais das áreas de hospitalidade, serviços de atendimento ao cliente, segmentos de bares e restaurantes, entretenimento e cassinos. “É um campo vasto, um mercado que cresce no mundo todo. A cada ano novas embarcações são construídas”, afirma Amaral.
Del Bel afirma que a grande parte das vagas é destinada às áreas de hotelaria, como bar, restaurante e governança. “Esses são os maiores departamentos e, por isso, os que mais recrutam. Praticamente 90% da oferta de empregos é para esses setores.”
Para essas áreas, segundo Del Bel, a formação superior não é requisito. O principal é ter experiência na função e conhecimento do inglês. Mas o profissional que pretende ser recreador infantil, por exemplo, deve ter formação superior em Educação Física, Turismo, Pedagogia, Psicologia ou Letras. Já para atividades técnicas e administrativas, é necessário ter um curso na área, mas não necessariamente superior.
Amaral destaca que a exigência primordial é a formação no inglês para qualquer função do futuro tripulante. A graduação poderá determinar a área em que o profissional irá atuar, como engenheiro, médico, educador físico, entre outros.
“O inglês é a língua universal e a maioria das operadoras e consumidores de cruzeiros no mundo é americano”, ressalta Amaral. Mas é importante também observar que quais os países em que a pessoa irá trabalhar e a bandeira da companhia, no caso de ir para o exterior. “Há grandes empresas de origem italiana. Neste caso, a formação em italiano, além do inglês, seria um diferencial.”
Preenchidos os requisitos técnicos, o profissional que deseja atuar em navios deve ter, além da força de vontade, condições físicas para enfrentar uma forte jornada de trabalho. “Eles ficam de seis a oito meses a bordo, trabalhando 12 horas por dia, com folga apenas entre os turnos”, destaca Del Bel.
O salário depende muito da função exercida pelo profissional. Segundo Amaral, os ganhos podem variar entre 350 dólares e 4 mil dólares, ficando em uma média de 2 mil dólares. “As gorjetas, que são muito comuns, podem aumentar ainda mais essa remuneração.”

Fonte: ultimosegundo.ig.com

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