Atividade do comércio desacelera e cresce 9,6% no 1º semestre, diz Serasa
A atividade do comércio encerrou o primeiro semestre de 2011 em suave desaceleração. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas em todo o País cresceu 9,6% no acumulado dos seis primeiros meses deste ano em relação a igual período do ano passado. Esta taxa foi menor que a alta de 10,0% verificada no segundo semestre de 2010 (frente a período equivalente de 2009) e menor também que o avanço de 10,7% exibido pela comparação anual entre o primeiro semestre de 2010 frente aos primeiros seis meses de 2009.O segmento de material de construção foi o que mais expandiu seu movimento no primeiro semestre de 2011: alta de 12,8% frente aos seis primeiros meses de 2010. Em seguida, vieram os segmentos de móveis, eletrônicos e informática (+9,3%) e combustíveis e lubrificantes (+8,5%). Somente os segmentos de tecidos, vestuário, calçados e acessórios encerrou o semestre com queda (-0,9%).Em relação ao mês imediatamente anterior, a atividade varejista em junho último ficou estável, na comparação livre das influências sazonais. Quatro segmentos exibiram queda mensal em junho frente a maio: combustíveis e lubrificantes (-0,2%), veículos, motos e peças (-2,5%), tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-0,3%) e material de construção (-2,8%). Apenas dois segmentos exibiram variação positiva no mês passado: supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (+0,7%) e móveis, eletroeletrônicos e informática (+0,1%).De acordo com os economistas da Serasa Experian, apesar do aumento dos juros e das medidas de restrição ao crédito adotadas pelo Banco Central a partir do final do ano passado, o bom momento vivido pelo mercado de trabalho conseguiu sustentar um desempenho bastante favorável para a atividade varejista neste primeiro semestre. No entanto, a estabilidade observada no mês de junho em relação a maio é um prenúncio de que no segundo semestre de 2011, a desaceleração da atividade varejista deve se intensificar, tendo em vista a continuidade do movimento de elevação da taxa de juros e a perspectiva de moderação do ritmo de crescimento econômico.
Fonte: Jornal do Commercio