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Associações e Cooperativas: isso é seguro?

Algumas associações e cooperativas enganam os consumidores atuando como seguradoras. Como algumas atuam com um Corretor, o consumidor não sabe que está correndo um sério risco. É crime.Essas entidades não têm autorização da Susep para comercializar Seguros e, na maioria das vezes, não há acompanhamento técnico de suas operações. “É tudo feito de improviso, sem cálculos atuariais”, diz o Corretor Sílvio Gebram, da Gebram Seguros. Ele compara a atuação dessas entidades às antigas pirâmides financeiras em que no início, todos ganham, mas sempre chega o momento da perda.Nesse tipo de associação, os beneficiados se juntam com o objetivo de “fazer uma vaquinha” para reparar fatos já acontecidos, uma vez que o rateio só acontece após o sinistro, enquanto o Seguro cobra para garantir riscos que venham a acontecer. O grande problema desse formato é que essas cooperativas não têm reservas financeiras para cobrir os sinistros dos associados. “O Seguro é um cálculo atuarial. A seguradora pode assumir o risco até onde ela tem capacidade de honrar”, diz.E o corretor?O Corretor de seguros sabe como funciona, o cliente não. Essa prática prejudica todo o mercado e mancha a imagem do corretor. Afinal, para o segurado, o corretor é a referência do seguro. “Não faria nunca um seguro com esse tipo de cooperativa”, diz Sílvio Gebram.Para Boris Ber, da Asteca Seguros, essa prática deve ser combatida. “É obrigação de todo corretor habilitado saber que esse tipo de prática, além de ilegal, é crime. Alguém pra bancar risco pra ser responsável por uma perda precisa ser autorizado pela Susep”, diz. Para ele, são poucos os corretores que atuam associados a essas cooperativas, pois eles podem se tornar cúmplices ao vender produto dessa cooperativa. É um risco que não vale a pena.As cooperativas que atuam como seguradoras podem causar transtornos aos segurados que se tiverem problemas devem recorrer a justiça comum. “E quando isso acontece, muitas vezes a cooperativa já mudou de lugar, desapareceu”, afirma Boris.Boris acredita que essas cooperativas atuam no vácuo das seguradoras. “Alguns seguros são recusados pelas Companhias e as pessoas começam a atuar justamente nesse buraco. Atendem pessoas com problemas cadastrais, por exemplo”, diz.Para ele é preciso denunciar. “Isso é danoso para os Corretores de Seguros, infelizmente a Susep não consegue fiscalizar, é um crime de sonegação fiscal, exercício ilegal da profissão, entre outros”.

Fonte: CQCS

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