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Ásia cai por sinais de aprofundamento da crise

SÃO PAULO, 12 de março de 2009 – As bolsas da Ásia fecharam em queda nesta quinta-feira, influenciadas negativamente por novos temores sobre a saúde da economia global. Os sinais de aprofundamento da recessão vieram hoje da revisão dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e das declarações do presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick.
Na maior economia da Ásia, o governo confirmou que o PIB sofreu a pior contração desde 1974, registrando três trimestres seguidos de queda. Já o presidente do Bird declarou que a economia mundial poderá se retrair em 1% ou 2% neste ano, em meio ao pior cenário desde a década de 1930, época da Segunda Guerra Mundial.
O índice MSCI Ásia-Pacífico, que reúne as principais bolsas da região com exceção do Japão, subia 2,41% às 7h21 (horário de Brasília), após operar durante a madrugada com queda de 0,7%.
Entre os principais mercados, o Nikkei 225 de Tóquio caiu 2,41%, para 7.198,25 pontos, afetado também pela forte desvalorização do dólar e do euro ante o iene. A moeda norte-americana terminou o dia cotada a 96,47 ienes, contra 98,60 ienes da última sessão. Já a divisa europeia fechou negociada a 123,21 ienes, ante 124,66 ienes do dia anterior.
Com a valorização da moeda japonesa, os produtos nipônicos se tornam menos competitivos no exterior. Por conta disso, as companhias do setor exportador sofreram fortes baixas. As ações da Sony, Honda e Toyota, por exemplo, caíram 3,66%, 6,56% e 3,09%, respectivamente.
Os papéis da Toshiba recuaram 4,55%, refletindo também a decisão anunciada ontem pela companhia de cortar suas estimativas de ganhos para o ano fiscal de 2009/2010. Por outro lado, os títulos da Canon, maior fabricante mundial de câmeras digitais, terminaram o dia com ligeiro avanço de 0,22%. A companhia reduziu em 75% sua meta de lucro para 2010. Apesar do corte, as projeções ainda são maiores que as observadas para este ano.
No setor bancário, os títulos do Mitsubishi UFJ Financial, maior banco do Japão, terminaram o dia com recuo de 5,04% após a instituição financeira revelar que aumentará seu capital emitindo US$ 1 bilhão em ações preferenciais.
Na China, o Xangai Composto perdeu 0,24%, para 2.133,88 pontos, influenciado pela queda de 3,8% na produção industrial durante os dois primeiros meses de 2009, em termos anuais. Os mercados na Austrália, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Malásia e Taiwan também fecharam no vermelho.
Na Nova Zelândia, o corte na taxa básica de juros de 0,5 ponto percentual realizado hoje pela autoridade monetária, para 3% ao ano, não foi suficiente para elevar o ânimo dos investidores. “Conforme a atividade econômica se recupere, nós esperamos interromper essa rápida redução nos juros”, afirmou Alan Bollard, presidente do banco central neozelandês.
Em Hong Kong, o indicador referencial Hang Seng subiu 0,59%, para 12.001,53 pontos. Já o Kospi de Seul avançou 0,07%, para 1.128,39 pontos. O Banco da Coreia do Sul (BoK, central) deciciu nesta quinta-feira manter o juro inalterado em 2% ao ano. A decisão interrompe o mais agressivo ciclo de relaxamento na política monetária do país nesta década.

Fonte: Gazeta Mercantil

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