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Áreas técnica e operacional têm maior demanda de profissionais

Motivo de bloqueio em diversas situações, especialmente em processos seletivos para empregos, a falta da fluência em inglês também é uma vilã para os profissionais de seguradoras no momento da contratação.
Para as resseguradoras, esse processo é menos desgastante, mas encontrar profissionais qualificados é uma dificuldade, o que incentiva a movimentação entre empresas.
“Normalmente, a motivação desse profissional para se movimentar não é o desafio, e sim o dinheiro. Isso não é sustentável, pois pode ‘manchar’ o currículo”, acredita a gerente da Divisão de Mercado Financeiro da Robert Half, Ana Carla Guimarães.
Nos últimos cinco anos, período em que a Robert Half se instalou no Brasil, os requisitos das seguradoras para contratação não tiveram mudanças drásticas, mas o fator aprimoramento se atenuou entre os profissionais, o que às vezes impacta a contratação.
Essa característica é identificada em todas as esferas de profissionais, e também é decorrência do perfil de algumas seguradoras, que optam pela contratação por indicações e por conhecimento técnico.
“Tecnicamente, esse profissional pode ser muito bom, mas para determinada estrutura. Caso seja colocado em uma estrutura internacional, que sempre se reinventa, pode se tornar um profissional antiquado”, exemplifica.
Áreas com maior demanda
As áreas operacional e técnica sempre precisam de profissionais, pois têm alta rotatividade. Além dessas, as áreas comercial, de novos produtos e negócios, também se destacam na procura para composição do quadro, por conta da necessidade de criação de produtos para a competitividade.
“Se uma empresa tem um novo produto e precisa lançar algo diferenciado, necessita de uma pessoa que entenda como é o mercado, o que o concorrente está fazendo”.
Os desafios no recrutamento concentram-se nas áreas atuarial e de precificação, pois além do inglês, têm a exigência da formação em ciências atuariais e conhecimento de business. “Na área de grandes riscos, riscos de engenharia é complexa, tanto pelo lado técnico, como pelo próprio dinamismo do trabalho”, acrescenta Ana.
Movimentação do mercado
A especialista observa que atualmente a movimentação no mercado de seguros tem maior volume local, o que difere do período em que muitos executivos vinham de outros países. Outra prática é a alocação de profissionais do próprio Grupo no Brasil.
Os cargos de diretoria também têm recebido reformulações. Conforme Ana, cerca de 10% desses profissionais são enviados para escritórios em outros países, em períodos que podem chegar a três anos. Outros tipos de cargos também já fazem esse intercâmbio, mas com estadas mais curtas, para cursos rápidos, por exemplo.
Futuro do recrutamento
Entre o ano passado e este, a remuneração teve 10% de incremento. Diante disso, as seguradoras têm o trabalho de investir em retenção de funcionários e pacotes diferenciados de benefícios. Ana alerta que cursos em outros países, autonomia e nível de exposição são fatores atrativos para os candidatos.
Como tendência de recrutamento, ela destaca as áreas comercial e correlatas, técnica, riscos de engenharia e também profissionais específicos para seguradoras de crédito.
De cinco anos para cá, as seguradoras passaram a utilizar mais a prestação de serviços de consultorias. “No passado, não era uma prática utilizar consultoria. Hoje, já é uma prática, pois está havendo uma mudança grande de perfis e reposicionamento nas empresas, e se elas não tiverem uma consultoria para dar suporte, podem ter problemas para o crescimento sustentável da estrutura”.

Fonte: Revista Cobertura

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