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Área dos seguros é próximo alvo do capital chinês

As empresas chinesas anunciaram, desde o início de 2015 até agora, nove operações de fusão e aquisição de seguradoras estrangeiras, colocando aquele setor como o “próximo alvo do capital chinês”, noticia a imprensa estatal.

No conjunto, os negócios ascendem a 8,4 mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros), um acréscimo de 280%, face a 2014, segundo dados da consultora Dealogic, citados pelo jornal oficial China Daily.

“A tendência evidencia a ambição de conglomerados chineses ricos, como a seguradora Anbang e o grupo Fosun International, em construir um império de investimentos focado no setor dos seguros”, destaca o artigo.

Ambos os grupos quiseram comprar o Novo Banco, numa corrida em que participou também o fundo de investimento norte-americano Apolo, mas nenhum conseguiu chegar a acordo com o Banco de Portugal.

Em 2014, o Fosun pagou mais de mil milhões de euros pela Fidelidade, que detém cerca de 30% do mercado segurador português, num negócio que o China Daily aponta como um dos mais “proeminentes” do grupo.

Entretanto, passou a controlar também o grupo Luz Saúde (anteriormente do Grupo Espírito Santo), dono de 18 unidades hospitalares em Portugal.

Este fluxo de investimentos surge numa altura em que as seguradoras europeias “se deparam com exigências regulatórias mais rigorosas e taxas de juro baixas, que reduziram os retornos dos seus investimentos”, conclui o China Daily, que cita diferentes analistas.

Os setores da energia e dos recursos naturais eram até há poucos anos os destinos quase exclusivos do investimento chinês além-fronteiras.

As áreas dos serviços e da tecnologia têm, no entanto, assumido maior preponderância, refletindo a transição da economia chinesa para um modelo mais eficiente e assente no consumo.

 

Fonte: Notícias ao Minuto

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