Após 4 altas seguidas, confiança do consumidor cai em agosto
Após quatro meses em alta, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 0,4 ponto em agosto, para 81,8 pontos, um patamar considerado baixo em termos históricos, segundo informou nesta quarta-feira (25) a Fundação Getulio Vargas (FGV). “Há maior dificuldade entre os consumidores de menor poder aquisitivo, que enfrentam uma combinação de desemprego e inflação elevados e de crescimento do endividamento nos últimos meses. A confiança dos consumidores de maior poder aquisitivo, que tem oscilado em níveis mais elevados, também recuou em agosto, possivelmente em função do aumento da incerteza em relação à pandemia com o avanço da variante Delta no país, ao adicionar dúvidas quanto ao ritmo possível de crescimento econômico nos próximos meses, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 1,89 ponto, para 81,6 pontos, na terceira alta seguida. Em agosto, houve diminuição da satisfação dos consumidores sobre a situação atual e acomodação das expectativas sobre os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) caiu -1,1 ponto, para 69,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) ficou praticamente estável ao variar 0,1 ponto, para 90,9 pontos.
Com relação aos próximos meses, o indicador que mede o otimismo em relação à situação econômica caiu 4,5 pontos, para 111,8 pontos enquanto as perspectivas sobre a situação financeira das famílias continuam girando em torno dos 92 pontos.
A pesquisa coletou informações de 1.536 domicílios entre os dias 1º e 21 de agosto. Divisão por renda A análise por faixas de renda revela piora da confiança para todas as faixas de renda, exceto para os consumidores com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, cujo indicador subiu 2,9 pontos, para 76, maior valor desde dezembro de 2020.
Entre os mais pobres, com renda até R$ 2.100,00, caiu de 71,7 para 70,3 pontos, enquanto que para aqueles que ganham acima de R$ 9.600,00 recuou de 93,2 para 91,2 pontos. Inflação tem impacto mais forte para os mais pobres Inflação tem impacto mais forte para os mais pobres .
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