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Analista prevê modelo igual ao do crédito empresarial

Os “pools” ou consórcios de seguradoras em apólices de grandes riscos corporativos devem se intensificar nos próximos anos em virtude da abertura do mercado de resseguros. Será cada vez mais um mercado parecido com o de crédito empresarial, em que bancos formam “sindicatos” de instituições para reduzir a exposição individual a riscos, analisa Rafael de Carvalho, responsável pela área financeira da consultoria Accenture.
Conhecido como cosseguro, o consórcio de seguradoras implica na divisão de riscos, custos e lucros do contrato com outras seguradoras. Até 2007, quando houve a abertura do mercado de resseguros à participação de empresas privadas nacionais e estrangeiras, o cosseguro não era muito utilizado.
As seguradoras assumiam os riscos, mas o repassavam quase todo para o IRB mediante comissão. Por sua vez, o IRB repassava os contratos para o mercado ressegurador internacional assumindo todo o risco de crédito dos segurados e de suas contrapartes no exterior.
Com a abertura, o IRB passou a competir com várias outras resseguradoras, alterando o perfil dos negócios de seguros empresariais, os maiores usuários de resseguros.
Pesquisa recente sobre tendências do mercado segurador brasileiro feita pela Accenture mostrou que os executivos do setor estão um pouco decepcionados com os resultados concretos do processo de abertura do resseguro, que acaba de completar dois anos.
Segundo a pesquisa, realizada com executivos das 30 das maiores seguradoras brasileiras, de capital nacional e estrangeiro, a maioria dos entrevistados respondeu que os preços dos seguros de pessoas e ramos elementares, não ficaram mais baratos, nem houve lançamento de novos produtos. Rafael de Carvalho acredita que essa visão negativa se deve ao fato de que a abertura coincidiu com uma retração do mercado ressegurador internacional devido à crise, o que afetou o mercado interno.

Fonte: Valor

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