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Alimentos caros e mais dinheiro circulando no fim do ano pressionaram a taxa de inflação e

O aumento da demanda nesta época de fim de ano é o principal fator
que explica a alta dos preços dos alimentos, que exerceram a maior
pressão sobre a inflação de novembro. A avaliação é da coordenadora de
Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), Eulina Nunes. Segundo ela, os produtos alimentícios foram
responsáveis por quase metade (48%) do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (8), pelo instituto.
O IPCA subiu 0,52% de outubro para novembro. O preço dos alimentos tive
alta de 1,08%, após elevação de 0,56% em outubro. Eulina Nunes
ressaltou que as carnes, que ficaram 2,63% mais caras, foram as que mais
pressionaram a inflação dos alimentos. “As carnes subiram muito no ano
passado e fecharam 2010 com mais de 20% de alta. Este ano, não
apresentaram variação significativa, mas se mantiveram em um nível alto
e, agora, com a chegada do fim do ano, quando a demanda aumenta, foi
possível repassar alguns custos que estavam retidos, em função da
elevação nos gastos com confinamento e com ração”, explicou.
Por outro lado, o leite ficou 2,02% mais barato e exerceu o principal
impacto negativo sobre a taxa de inflação, aliviando um  pouco a pressão
de alta.
Já os preços dos produtos não alimentícios subiram menos de outubro
para novembro, de 0,39% para 0,35%. O grupo das despesas pessoais (de
0,22% para 0,88%) foi responsável pela segunda maior variação em
novembro, depois dos alimentos. A principal pressão partiu de empregados
domésticos (de 0,1% para 1,36%), mas também ficaram mais caros os
serviços de manicure (de 0,88% para 1,98%), cabeleireiro (de 0,54% para
1,19%) e costureira (de 0,41% para 1,64%).
De acordo com Eulina Nunes, esses aumentos foram impulsionados pela
maior renda do brasileiro. “O aumento dos serviços, ao longo de todo o
ano, é uma característica de economias mais fortes. Se a renda aumenta, o
consumo de serviços também tende a aumentar”, disse.
Por outro lado, os transportes ajudaram a evitar uma alta ainda mais
expressiva da taxa de inflação. Depois de registrar elevação de 0,48% em
outubro, o segmento variou apenas 0,01% no mês passado, influenciado
pelas passagens aéreas (de 14,26% para 3,91%) e pela gasolina, cujo
litro ficou 0,25% mais barato depois do aumento médio de 0,17% um mês
antes.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br.

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