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AIG inova com o lançamento do seguro M&A para fusões, aquisições ou reestruturação de empr

A consolidação no Brasil já é notória em alguns setores, a exemplo
das instituições financeiras, enquanto muitos ainda são bastante
segmentados, como o de alimentos e bebidas. Há ainda no País a
predominância de micro e pequenas empresas, e muito espaço para novos
movimentos. Além disso, o Brasil é porta de entrada para investidores
estrangeiros e registra movimentos de alta da indústria de private
equity (fundos que compram participações de empresas).
Conforme dados da consultoria KPMG, com base em 43 setores da
economia, no ano de 2013 foram realizados 811 movimentos de fusões e
aquisições no País (5,2% acima de 2012) e 193 transações no primeiro
trimestre deste ano; número que ficou atrás apenas do ano de 2012,
quando 204 transações foram realizadas no mesmo período.
Em todos esses movimentos a demanda por garantia é grande, tanto para
o vendedor como para o comprador. E exatamente para atender este
mercado oferecendo uma proteção diferenciada, a AIG lançou ontem, 15 de
maio, o seguro de M&A que cobre declarações e garantias em processos
de fusão, aquisição ou reestruturação para transações que variam de US$
20 milhões a US$ 1 bilhão.
Lucas Scortecci, gerente de Linhas Financeiras da AIG, contou que
foram três anos entre o desenvolvimento do produto até a regulação. “E o
seguro de M&A vem em um momento em que os investidores estão mais
cautelosos, sendo uma opção de mecanismo de garantia”, afirmou.
De acordo com Jay Rittberg, head de Produtos de M&A para os
Estados Unidos e América Latina da AIG, o seguro de fusões e aquisições
facilita as transações e pode servir também como capital ao mercado,
permitindo a transferência de risco. “Especificamente o seguro para
declarações e garantias (M&A) substitui a conta garantia para o
comprador e cobre qualquer fraude para o vendedor”, afirma.
Exposição
Em um movimento de fusão e aquisição é mais do que natural que o
comprador faça uma investigação profunda da empresa a ser adquirida,
podendo haver os chamados problemas ocultos. No Brasil, as garantias
mais vulneráveis neste sentido são a trabalhista, tributária e
ambiental, e o seguro M&A oferece flexibilidade na contratação
destas coberturas.
Quando há contratempos, informou Rittberg: “o seguro trabalha estas
questões com a assessoria jurídica e para a resolução de conflitos
utiliza a arbitragem, o que é muito mais dinâmico e ágil, sem ter de
recorrer ao Judiciário”, comparou.
E, ainda, ele substitui as Escrow Accounts que são bastante comuns de
serem utilizadas nestes movimentos e que consiste no bloqueio de parte
do capital do vendedor como garantia caso haja algum imprevisto após a
concretização da transação.
Sócio das áreas de Direito Societário e Fusões e Aquisições do
escritório Demarest Advogados, André Alarcon comentou que os mecanismos
de garantia e os riscos dependem muito do negócio e em especial do ramo
de atividade da empresa. “E eu vejo o seguro com bons olhos, ele é
bem-vindo para a exposição de riscos que podem acontecer no futuro para o
investidor ou comprador”, analisou.
Cenário
Sócio fundador da Lions Trust Administradora de Recursos, Marco
Antonio Pisani expôs que em um cenário em que a economia não está
pulsante, as empresas precisam mais de capital e estão mais expostas a
negociações e a um preço mais baixo. “O que é um cenário benéfico para o
seguro de M&A com todas as garantias que ele oferece”, acrescentou.
Segundo ele, o seguro M&A é muito importante como uma estratégia
no momento de compra e venda de uma empresa. “E o primeiro passo para o
seu aculturamento é o vendedor entender que o seguro é um instrumento de
proteção e conhecer como ele funciona”, defendeu.
André Alarcon acrescenta: “o seguro vai impactar o quanto o vendedor
terá de dinheiro no bolso no momento do fechamento do negócio e esta é a
fase de aculturamento do produto, dos assessores e legados financeiros
compreenderem como ele se aplica.”
Para Jay Rittberg, considerando o grau de sofisticação dos
escritórios de advocacia no País, esse será um processo natural. “Nos
últimos quatro anos nos Estados Unidos, por exemplo, a contratação do
seguro aumentou quatro vezes; país em que ainda estamos em fase de
aculturamento, assim como no Brasil”, comparou.

Fonte: Revista Cobertua

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