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Acordo traz ao país fundo de pensão chileno

Bradesco firmou um acordo operacional com o Banco de Chile para a administração e distribuição de fundos de investimento. A idéia do banco é atrair os investidores de private banking e principalmente os fundos de pensão chilenos para aplicarem no mercado brasileiro.
Segundo o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, novas parcerias semelhantes podem ser anunciadas em breve, sendo que o mercado argentino é um dos potenciais alvos.
A formalização da parceria com o banco chileno será feita por meio das subsidiárias Bradesco Asset Management (Bram) e da Banchile Inversiones, que vão dividir as taxas de administração dos investimentos.
Ao anunciar o acordo, Cypriano lembrou que os fundos de pensão do Chile possuem US$ 104 bilhões em ativos sob administração e que recentemente o Congresso daquele país aprovou o aumento do percentual das aplicações que podem ser feitas no exterior. O índice máximo subiu de 30% para 45%.
Desta forma, o potencial que poderá ser aplicado no exterior será ampliado em cerca de US$ 15 bilhões e é uma parte desses recursos que o Bradesco quer atrair para a sua carteira.
Segundo o Bradesco, os fundos de pensão chilenos aplicam hoje US$ 2 bilhões no Brasil e a previsão com a mudança na legislação é de que pelo menos mais US$ 1 bilhão sejam aplicados no país.
De acordo com o diretor-superintendente da Bram, Robert van Dijk, o Banchile, como é conhecido, tem 25% na gestão de recursos no mercado chileno.
Assim como os investidores chilenos poderão aplicar seus recursos no Brasil, a idéia da parceria é oferecer produtos de investimentos chilenos para clientes de private banking do Bradesco no Brasil e também para as empresas exportadoras, que podem deixar recursos no exterior.
De acordo com Cypriano, a parceria firmada com o Banchile não muda a estratégia do banco na sua área internacional. O presidente do Bradesco reafirma que, apesar de a instituição não ter interesse em atuar no varejo em outros países, vai continuar a olhar oportunidades na medida em que elas atendam aos interesses do banco e dos clientes.
Como exemplo deste processo, citou a abertura da corretora do Bradesco BBI em Londres, além dos escritórios em Luxemburgo, Ilhas Cayman, e parcerias com o banco Tokyo-Mitsubishi e Banco Espírito Santo (BES) para remessas de recursos.

Fonte: Valor

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