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Acidente com ponte nos EUA pode custar bilhões de dólares

Uma das principais pontes de Baltimore, nos EUA, se rompeu e desabou depois que um navio porta-contêineres “esbarrou” em sua estrutura que é maior do que a extensão da avenida Paulista, em São Paulo.

O acidente aconteceu na madrugada desta terça-feira, 26, e vários veículos caíram no rio abaixo. As equipes de resgate estavam procurando pelo menos sete pessoas na água. Duas pessoas foram resgatadas e uma delas está em estado grave, segundo o chefe dos bombeiros de Baltimore, James Wallace. O navio pegou fogo.

Segundo as agências internacionais de notícias, o comissário da polícia de Baltimore, Richard Worley, afirmou que não existe nenhuma indicação de que o desabamento da ponte foi um ato de terrorismo.

A embarcação parece ter atingido um dos suportes da ponte Francis Scott Key, fazendo com que a estrada se rompesse em vários pontos e caísse na água, de acordo com um vídeo postado no X, anteriormente conhecido como Twitter.

Este tipo de acidente coloca o mercado local e internacional de seguros em polvorosa. Afinal, um acidente desta dimensão tem impactos em diversas carteiras de seguros e pode afetar diversas regiões, numa forma dos res/seguradores buscarem o equilíbrio da carteira caso a perda seja relevante nos resultados.

De acordo com Anderson Romani, diretor executivo da corretora de seguros Wiz Corporate, a ponte em si não deve ter seguro por ser pública. Se fosse privada a chance de ter seguro seria maior.

Mesmo se existir, será irrelevante diante dos danos consequentes, que são maiores do que o próprio dano material que é gigantesco.

O alvo das reparações das perdas deve se concentrar na seguradora que faz o seguro de responsabilidade civil do navio, que é de Cingapura. “Esse sinistro poderá quebrar a empresa, já que estamos vendo aqui um sinistro total na ordem de alguns bilhões de dólares e as apólices para essas embarcações, geralmente não ultrapassam US$ 1 bilhão de limite segurado”, avalia o especialista da Wiz Corporate.

Romani cita o custo direto da remoção dos entulhos, a reconstrução da parte danificada da ponte, custos com o bloqueio do principal porto de carga de auto dos EUA, custos para ativar novas rotas, danos aos containers, lucros cessantes do porto e de embarcadores, lucro cessantes e bloqueio de acesso dos motoristas ao local, danos pessoais á terceiros (que morreram no acidente), entre diversos outros.

Por sua experiência com outros acidentes similares, Romani estima um tempo longo para a reconstrução. “Imagina o tempo que levará para remover toda a estrutura do mar e voltar a passar navios e veículos, sendo ali o maior porto de automóveis dos EUA e um dos maiores em commoditites”, avalia.      

Fonte: NULL

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