Abertura tende a fechar espaço para improvisos
“A abertura é ótima, mas tem o outro lado da moeda”, segundo opinião do superintendente da Ace Brasil, Edson Wiggers, que deu palestra na Associação Paulista dos Técnicos de Seguros (APTS), semana passada, abordando os seguros e resseguros na área de energia. Em sua citação, o alerta deve-se à pouca experiência que o mercado brasileiro tem nas relações com o resseguro internacional.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, ele sustentou que, chegada a abertura, não haverá mais espaço para as improvisações. A cultura do mercado interno, segundo ele, terá que mudar, obrigatoriamente, para um outro patamar mais acima, o de trabalhar com antecedência, por exemplo. Edson Wiggers comentou que tal cuidado é importantíssimo, para evitar que ocorra erros graves, como deixar o cliente sem cobertura.
Em um ambiente de livre competição no resseguro, ele disse ainda que as empresas brasileiras precisarão adotar algumas precauções nas relações com o exterior, referindo-se ao processo de colocação de coberturas lá fora. “O mercado internacional não é bonzinho, pode ser até cruel”, advertiu. Para evitar falhas e não correr riscos, ele entende como ideal que as negociações sejam intermediadas por um broker com experiência no relacionamento com grupos estrangeiros. “Conhecer os parceiros é fundamental”, assinalou.
Mesmo com a abertura, Edson Wiggers acredita que o IRB Brasil Re continuará sendo um grande parceiro das seguradoras nacionais.
Fonte: Jornal do Commercio