Abertura já traz ganhos para o setor, diz Fitch
A abertura do mercado de resseguros trará vantagens para o Brasil. Assim define o estudo “Brazilian Reinsurance Market: The Beginning of a New Era?, divulgado ontem pela Fitch Rating. Entre os benefícios citados pela agência, está a mudança no arcabouço regulatório de seguros feito pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), introduzindo práticas contábeis de padrão internacional, com governança corporativa, o que abre uma nova era para o setor brasileiro.
De acordo com o estudo, além da transparência nas informações para interagir com resseguradores internacionais, a abertura trará um leque maior de produtos e uma possível redução de preços pela competitividade. O IRB deverá adotar uma política de negócios mais agressiva para manter a robusta rentabilidade dos últimos anos para compensar a perda do monopólio exercido desde 1939.
De 2004 para cá, o lucro líquido do IRB já vinha apresentando queda, em parte pela postura mais flexível para se preparar para a concorrência e também por adotar uma gestão de maior transparência na divulgação de dados e parte do provisionamento necessário para o run off das sucursais internacionais e plano previdenciário dos funcionários. Em 2004, os ganhos somaram R$ 432 milhões e em 2006, até novembro (último dado disponível), R$ 292,7 milhões, mesmo com sinistros da CSN e Gol.
Com a permissão de saída dos sócios privados do capital do IRB dada pela Lei 126, desde que usem os recursos para abrir uma resseguradora local, a Fitch acredita na formação de joint ventures entre seguradoras locais e resseguradores internacionais. Entre os principais acionistas privados do IRB estão Bradesco e Unibanco AIG, que juntas detêm algo próximo a 30% do capital do ressegurador local.
Fonte: CQCS