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A inflação deve se manter baixa no ano que vem

Nos últimos anos, a inflação foi grande fonte de preocupação por ter se mantido em níveis próximos ou acima do teto da meta. Recentemente, no entanto, passou a contribuir para a melhora das previsões sobre a economia para este e o próximo ano. Mais especificamente, após encerrar 2016 com uma taxa de variação acumulada em 12 meses de 6,3%, a inflação recuou fortemente este ano; até setembro, a alta acumulada é de apenas 2,5%.

Em que pese a significativa ajuda vinda da deflação dos alimentos, a desagregação do IPCA mostra que, à exceção dos preços monitorados – impactados pelos reajustes das tarifas de energia e dos combustíveis -, o processo de desinflação se deu de modo generalizado. Enquanto a deflação dos alimentos deve-se à supersafra colhida neste ano, a difusão dessa melhora da inflação se deve a diversos fatores, como o baixo dinamismo da atividade econômica, a elevada taxa de desemprego e o resgate da credibilidade do Banco Central, que contribui para ancorar expectativas e para reduzir a inércia inflacionária.

Para o próximo ano, a expectativa é de alguma aceleração da inflação, tendo em vista que dificilmente haverá repetição do comportamento tão benevolente dos alimentos. Porém, a melhora dos fundamentos macroeconômicos aliada à ainda elevada ociosidade da capacidade produtiva e à lenta recuperação do mercado de trabalho devem propiciar trajetória inflacionária comportada.

Fonte: O Estado de São Paulo

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