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A grande virada da indústria automobilística

Todo mês as boas notícias se repetem. Além da diuturna quebra de recordes nacionais, o mercado interno tem feito o Brasil subir rapidamente na escala internacional. Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas atingiram 1,150 milhão de unidades, o que já coloca o País como quinto maior mercado mundial. Conforme previsto pela coluna, França, Itália e Inglaterra ficaram para trás.
No acumulado dos últimos 12 meses, os 2,73 milhões de veículos que deixaram as lojas só perdem para os 2,8 milhões do ano cheio de 2007 dos ingleses. Se o período comparado for também o dos últimos 12 meses, a quinta colocação se confirma. Só não dá para garantir a consolidação dessa posição – atrás de EUA, China, Japão e Alemanha – porque o mercado russo está crescendo a um ritmo até superior ao brasileiro.
Esse cenário levou a Anfavea a rever suas previsões para 2008. A associação agora prevê um crescimento de 24% e o mercado interno de 3,06 milhões de unidades. A Fenabrave, que reúne as concessionárias, ainda não revisou os seus números, ligeiramente abaixo dos 3 milhões. Sérgio Reze, presidente da entidade, afirma que “não ficará nem um pouco triste se desta vez perder a aposta”. Nos últimos anos, a antevisão das concessionárias tem acertado mais.
Impressiona como o mercado virou em curto espaço de tempo. Muitos ainda devem se lembrar que em 2001 o então presidente da Ford, Antônio Maciel, aparecia na TV oferecendo R$ 100,00 para quem comprasse um carro concorrente, depois de fazer um teste com um modelo da companhia. Em 2003, dobrou o mimo para R$ 200,00. Atrair o comprador para a loja já era um bom negócio.
O comportamento do consumidor também mudou. Cresceu muito de importância a internet como ferramenta de pesquisa do comprador. Quando o Celta foi apresentado em setembro de 2000, a grande rede mundial de computadores tornou-se a estratégia principal do lançamento. A GM vendia 100% da produção por esse canal, mas na realidade só uma parcela ínfima o fazia fora dos monitores dos showrooms das concessionárias. Ainda assim, despertou a atenção para um novo e promissor cenário.
A consolidação teve início em 2004. O interesse subiu na medida em que mais do que dobrava o número de computadores ligados à web. No fim do ano, chegaremos perto de 50 milhões de usuários, cerca de um quarto da população – ainda distante, é verdade, dos 90% nos EUA ou 80% na Europa Ocidental. No entanto, as fábricas indicam que 60% dos compradores chegam, hoje, às concessionárias muito mais informados graças às pesquisas feitas em portais, sites e páginas da internet. Estudos do Google, no Brasil, entre internautas, apontam que a comparação de preços não é o único atrativo.
Especificações, acessórios, financiamentos, seguros, localização de concessionárias e lojas também estão entre as prioridades. Pesquisa da empresa concluída em março último, apontam que 65% utilizaram ferramentas de buscas on line.
A rapidez e a interatividade da internet tendem a formar uma nova geração de compradores muito bem informados e, certamente, influentes. Os fabricantes estarão cada vez mais atentos e criativos nas ações por vir.

Fonte: Gazeta Mercantil

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