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A bolha dos Títulos do Tesouro dos EUA

Sobrevalorização extrema é a expressão escolhida pelo historiador e analista econômico Edward Chancellor para definir uma bolha financeira. Uma das principais características destas subidas excessivas de preços é a de sempre haver algum fato justificador, espalhando um clima de euforia em relação a determinado ativo. O agente catalisador de hoje é a deflação. Traços de uma recessão global e o colapso de instituições financeiras estão associados a narrativas sombrias sobre a depressão dos anos 30 e a estagnação do Japão nos anos 90. Segundo Chancellor, o recente impulso extraordinário no mercado de títulos dos EUA possui todas as características de uma bolha clássica. A princípio, ela estaria sendo motivada mais por medo do que por ganância. Investidores procuram proteção contra a deflação e um mercado de ações declinante, adquirindo cegamente os supostos papéis livres de risco do governo americano. Na visão do historiador, os treasuries de dez anos, por exemplo, pagando os juros reais mais baixos em meio século, se enquadram perfeitamente nos parâmetros de uma bolha. Com rendimentos anuais de pouco mais de 2%, eles não oferecem nenhuma proteção contra a possível volta da inflação durante a próxima década.

Fonte: Jornal do Commercio

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