A autoestima como escudo contra a violência
Em artigo, a psicóloga Débora Macedo, fundadora e diretora do Instituto Debora Cristina, afirma que proteger-se contra a violência exige conhecimento dos próprios direitos. “É essencial saber identificar sinais de abuso, como controle excessivo, chantagem emocional e comportamentos que isolam socialmente. Esse tipo de violência, muitas vezes silencioso, mina a saúde mental e cria uma dependência emocional difícil de superar sem apoio”, assinala a especialista.
Ela acrescenta que o primeiro passo para acabar com a violência está em acreditar que a merecemuito mais do que apenas sobreviver: “merecemos viver plenamente”, pontua.
Veja o texto, abaixo, na íntegra:
O dia 25 de novembro – data em que celebramos o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher – é um marco global contra a violência de gênero, lembrando que milhões de mulheres ainda enfrentam abusos físicos, emocionais e psicológicos.
Como psicóloga com anos de experiência, observo que uma das maiores ferramentas para romper com ciclos de violência é o fortalecimento da autoestima e do autocuidado. Mulheres precisam se valorizar não apenas como indivíduos, mas como protagonistas de suas histórias. Esse processo começa pelo reconhecimento de que ninguém tem o direito de invalidar sentimentos, opiniões ou existência.
A valorização pessoal é uma barreira importante contra relações abusivas e manipuladoras.
Proteger-se contra a violência exige conhecimento dos próprios direitos. É essencial saber identificar sinais de abuso, como controle excessivo, chantagem emocional e comportamentos que isolam socialmente. Esse tipo de violência, muitas vezes silencioso, mina a saúde mental e cria uma dependência emocional difícil de superar sem apoio. Construir redes de apoio é outro passo fundamental.
Amigos, familiares, grupos de mulheres e profissionais da saúde mental são aliados na reconstrução da confiança e da autonomia. Conversar sobre situações difíceis com pessoas confiáveis ajuda a romper o isolamento imposto pela violência e abre caminhos para soluções. Buscar ajuda de um profissional pode ser um divisor de águas.
A terapia não apenas fortalece a autoestima, mas também auxilia no enfrentamento do medo e da insegurança que muitas vezes acompanham as vítimas de violência. Lembre-se: amar e cuidar de si mesma não é egoísmo, é sobrevivência. Se você sente que algo está errado em sua relação, confie na sua intuição. Priorize sua segurança e seu bem-estar acima de tudo.
Neste 25 de novembro, reafirmemos o compromisso de eliminar a violência contra a mulher, mas também de construir um mundo onde cada mulher se sinta segura, valorizada e respeitada.
Afinal, o primeiro passo para acabar com a violência está em acreditar que merecemos muito mais do que apenas sobreviver: merecemos viver plenamente.
Fonte: NULL