Preocupação em grandes eventos é com crime comum
A principal preocupação do Governo com segurança durante os grandes
eventos que serão realizados no Rio a partir deste mês, como a Copa das
Confederações e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), são com os crimes
comuns e não atos de terrorismo. O alerta foi feito pelo diretor-geral
da Agência Brasileira de Inteligência, Wilson Roberto Trezza, durante
audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado para
discutir o assunto.
Em matéria publicada no início do mês passado,
o Jornal do Brasil alertava para o fato da mobilização das forças de
seguranças nos grandes eventos terem um número excessivo de agentes,
policiais e militares, parecendo ser mais um reforço de policiamento do
que estratégia de segurança. Somente na JMJ serão 1.700 da Força
Nacional de Segurança e mais 12.500 militares das Forças Armadas,
totalizando um contingente de 14.200 para o esquema de segurança no Rio
durante os cinco dias da Jornada.
Consideramos a possibilidade de
algum atentado, mas pelas nossas avaliações, há indicação de que um
atentado, uma ação terrorista não representa a maior ameaça, afirmou o
diretor da Abin. A declaração de Trezza demonstra que a Agência vê com
reserva a política de segurança do Governo do Rio de Janeiro. Essa
postura pode ter como origem o recrudescimento da violência,
principalmente em áreas pacificadas, e que vem sendo noticiada em vários
jornais no exterior.
Fonte: Jornal do Brasil