Ibovespa futuro opera em baixa após nota menor para economia
A diminuição da nota da agência de
classificação de risco Standard&Poors, de neutra para negativa,
para a economia brasileira já começa a produzir efeitos. Nas negociações
futuras da Bolsa de Valores de São Paulo, iniciadas antes do pregão
oficial, o principal indicador opera em baixa de mais de 1% nesta
sexta-feira(7), um dia após a divulgação do comunicado. A aversão dos
investidores é uma resposta ao risco de que a agência americana venha a
reduzir a nota do País nos próximos comunicados. Para a S&P, o pífio
crescimento do PIB brasileiro, combinado com a redução do esforço
fiscal, pode representar uma sinalização de que o País não conseguirá
permanecer reduzindo a dívida pública em relação ao Produto Interno
Bruto (PIB).
Em entrevista à Agência Brasil, o
secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio
Holland, disse que o governo avalia o documento, mas assegura que as
perspectivas em relação ao PIB continuam favoráveis. As próprias
previsões internacionais apontam que o Brasil permanecerá crescendo
acima da média mundial. Temos um ambiente de confiança relevante para
manter o crescimento sustentado pelos investimentos, declarou Holland.
Em resposta ao afrouxamento da política
fiscal, o secretário respondeu que o Brasil apenas pratica uma política
anticíclica, em que o governo gasta mais em ano de baixo crescimento.
Apesar disso, frisou, o superávit primário brasileiro é um dos maiores
do mundo e que a dívida líquida do setor público cairá para menos de 35%
do PIB, em 2013.
A redução da nota, entre outras
consequências, encarece as captações de empresas brasileiras e governo
realizadas no exterior, além de reduzir o interesse dos estrangeiros na
compra de ações e títulos no País.
Fonte: CNSEG