Participação de seguradoras estrangeiras aumenta no País
O Brasil se torna cada vez mais atrativo para as seguradoras estrangeiras, e os números demonstram esse interesse crescente. De acordo com o Sindicato de Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP), das 10 primeiras empresas no ranking de seguros, cinco são de capital estrangeiro. Juntas, representaram 16,63% na participação no mercado brasileiro no ano passado.
A Zurich é a primeira seguradora estrangeira no ranking, com participação de 4,80%, seguida pela Allianz com 4,20%, Caixa Seguros (desde 2001 é controlada pela empresa francesa CNP Assurances) com 2,76%, Liberty com 2,56% e Tokio Marine com 2,31%. Em primeiro lugar do ranking, o Bradesco representou 20,17%.
A Allianz tem uma participação de 4,20% no mercado. O total que a empresa alemã arrecadou ano passado no País foi de R$ 3,6 bilhões. O País é responsável por 61% do faturamento da Allianz na América Latina. Nossa intenção é estar entre as quatro maiores seguradoras do Brasil e nos tornarmos a primeira no ranking das não ligadas a instituições bancárias, diz o presidente da Allianz Seguros, Edward Lange.
Há duas semanas, a Allianz fechou uma parceria com o Palmeiras para dar o nome ao estádio do clube paulista. O investimento em naming right (direito de nome) do estádio faz parte de uma série de investimentos que a Allianz Seguros está fazendo para alcançar R$ 5,8 bilhões de faturamento até 2015.
Já a empresa japonesa Tokio Marine apresentou um lucro líquido de R$ 43,3 milhões em 2012, o que representa um valor 14,7% superior a 2011. O Brasil é o terceiro mercado mundial do grupo, perdendo apenas para os EUA e para o Reino Unido. O ramo de automóveis evoluiu 55% e Afinidades (vida e ramos elementares), 22%. A companhia planeja novos produtos e microsseguros.
De acordo com o presidente da empresa, Akira Harashima, o mercado brasileiro de seguros ainda está em desenvolvimento. O crescimento nos próximos anos ficará acima dos 10% por conta da expansão da economia, diz Harashima.
Outra grande seguradora mundial que tem intensificado sua participação no País é a americana AIG, que investiu cerca de US$ 155 milhões até o momento no Brasil, mas nos próximos anos tem planos de aumentar o capital aqui no País. A AIG irá investir nos próximos anos, cerca de US$ 220 milhões, através de aumentos de capital no Brasil, diz Marcelo Milani, diretor técnico e Planejamento Estratégico da AIG. De acordo com o ranking de seguros da Sincor-SP, nos dois últimos anos, a empresa americana (até o ano passado tinha o nome de Chartis) teve representação de 0,28% no mercado brasileiro.
A companhia pretende reforçar sua equipe no País. Em 3 anos, o número de funcionários saltou de uma dúzia para 310 no final de 2012. Em 2013, a AIG pretende terminar o ano com cerca de 500 funcionários, diz Milani.
A AIG está em mais de 130 países e tem um faturamento em torno de US$ 65,7 bilhões. Já em relação ao Brasil, Milani diz que a AIG no Brasil é uma empresa de R$ 300 milhões em produção anual, e é esperado que esse valor ultrapasse R$ 1,3 bilhão até 2017.
Já a empresa suíça-alemã Zurich também mostra força nos investimentos no País. Em 2012, a seguradora teve um faturamento de R$ 1,8 bilhão, sendo que somente em seguros de vida o total foi de R$ 373 milhões. O Brasil é um dos principais mercados para a Zurich mundialmente. Nos últimos cinco anos a empresa tem feito investimentos no País, com a entrada no segmento de automóveis e também todo o investimento em novos produtos, e com empregos com a resseguradora que acabamos de abrir, diz o CEO de Vida e Previdência da Zurich Seguros, Richard Vinhosa.
A Zurich também fechou contratos para segurar alguns estádios que sediarão a Copa do Mundo no ano que vem. A empresa é a seguradora de Riscos de Engenharia da reforma do Estádio do Maracanã (Rio de Janeiro), da Arena Fonte Nova (Bahia), do Estádio Mané Garrincha (Distrito Federal) e da Arena Corinthians (São Paulo).
Fonte: DCI OnLine