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Setor de seguros acorda para pequenas empresas

Os mais comuns são o seguro saúde e o de vida –oferecidos como benefícios.
Segundo o professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) Marcelo Aidar, o segmento já vinha crescendo, mas há espaço para uma maior difusão dos seguros.
Isso porque ainda há desconhecimento dessas apólices pelos pequenos empresários e porque eles não avaliam corretamente os riscos aos quais as empresas estão submetidas.
José Carlos de Paula, superintendente-executivo de seguros do Santander, diz que a expectativa em relação aos pequenos e médios é grande.
“O motor do crescimento está maior nas empresas menores, são os maiores empregadores [do país]”, afirma.
“A empresa passa do seu momento de natalidade e de mortalidade e, para ficar competitiva, precisa ter um bom pacote de benefícios”, diz Eugênio Velasques, diretor-executivo do grupo Bradesco Seguros e presidente da comissão de microsseguros da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras).
Para Ed de Almeida Carlos, superintendente de seguros do Itaú Unibanco, nesse cenário, a ideia é mostrar a quem entra no mercado que é algo barato proporcionalmente e importante no planejamento financeiro.
CUIDADOS
Uma boa avaliação da necessidade de um seguro, segundo Aidar, envolve probabilidade e impacto. Quanto maior a probabilidade de um acidente acontecer e maior for o impacto que terá na empresa, mais recomendável é a contratação do seguro.
O professor dá o exemplo da cobertura contra furtos e roubos, uma das mais comercializadas entre as MPMEs.
Uma empresa que faz frete de produtos de valor corre um risco grande de assalto a cada viagem realizada e um roubo pode ter sérias consequências nas suas finanças.
Já um escritório que não guarda objetos de valor em um edifício protegido não corre o mesmo risco de assalto nem terá impactos mais sérios caso o incidente ocorra. Portanto, é mais recomendável à empresa de frete.
Ao fechar o contrato, o empresário deve estar atento ao valor da franquia e às datas de pagamento. Os contratos perdem a validade quando a quitação não é feita.
A transparência de ambas as partes também é fundamental. A seguradora não é obrigada a aceitar todos os riscos impostos pela empresa, mas deve deixar claro quais incidentes não são cobertos, de acordo com a advogada Débora Schalch, presidente da comissão de direito securitário da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
“As seguradoras negam apólices de incêndio a indústrias químicas e a fábricas de colchões, por exemplo”, diz.
“É muito comum os pequenos empresários não ficarem atentos a detalhes, como o não ressarcimento em casos de incêndio quando o bem está em uma área a céu aberto ou o não pagamento de danos morais em ações judiciais.”
Segundo o gerente de acesso a mercados e serviços financeiros do Sebrae, Paulo Alvim, os seguros mais importantes para as pequenas e médias empresas são os patrimoniais, os vinculados a empréstimos, os de acidentes pessoais e os de vida.

Fonte: Folha de São Paulo

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