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Debates Técnicos Despertaram o Interesse dos Corretores

Foi no auditório João Leopoldo Bracco de Lima, uma homenagem ao ex-presidente do Sincor-SP e ex-diretor da Escola Nacional de Seguros, onde aconteceram os principais debates técnicos do XV Conec. No espaço, que tem capacidade para 800 pessoas, especialistas dividiram suas experiências em questões como modelos de gestão, técnicas para negócios mais rentáveis e novos nichos. A primeira palestra abordou o tema “Novos Modelos de Gestão para Empresas Corretoras de Seguros”. Participaram Marcos Abarca (UNCS Administradora e Corretora de Seguros), Róger Da Fre (Sustentare Seguros), Boris Ber (Asteca Seguros), Marcos Machini (Liberty Seguros), José Luis da Siva (Porto Seguros Seguro) e Jacques Carasso (Brasil Insurance). Marcos Abarca defendeu a associação de corretores de seguros como forma de fortalecer os pequenos e médios empresários, buscar soluções compartilhadas e melhores condições comerciais. Segundo ele, esse modelo também é uma maneira de diminuir custos, competir com outros canais de distribuição, investir em tecnologia e ter maior poder de prospecção. O executivo explicou ainda que a associação caracteriza uma sociedade anônima de capital fechado, em que o sócio é uma pessoa física, o que preserva a identidade do profissional. Róger Da Fre apresentou um modelo de sociedade limitada e contou que sua empresa nasceu a partir da união de oito corretoras. Naquele ano, elas produziram R$ 7,6 milhões e a projeção para este ano é de um crescimento de 30%. Da Fre credita o sucesso ao planejamento estratégico, na qual foram traçadas metas para os cinco anos seguintes. Jacques Carasso, sócio da Brasil Insurance, explicou como funciona essa alternativa de gestão, na qual a corretora é vendida para uma holding, e o então proprietário, corretor de seguros, passa a ser sócio desse conglomerado, podendo contar com suporte administrativo que ele oferece, mas tendo autonomia para decidir sobre as estratégias de venda daquela filial. Riscos declináveis “Quanto o Mercado Perde? Riscos Declináveis e Inspeção de Riscos – Soluções!” também foi assunto discutido no mesmo auditório, com a presença de Ademir Simionatto (Simionatto Corretora de Seguros), Antonio Penteado (advogado), Ivo Falcone (Sincor-SP), Renato Marques (Sincor-SP), Adilson Neri (advogado) e Humberto Marques (Bradesco Auto/ RE). Para Ivo, falta conscientização, tanto do segurado quanto dos atores do mercado, para resolver o problema da não aceitação do risco. “A seguradora declina de um risco de maneira automática, sem avaliá-lo, e o corretor não apresenta argumentos técnicos para convencê-la do contrário. Todos devem buscar especialização no nicho em que querem operar”, defendeu. Antonio Penteado defendeu a ideia de que não existe risco bom ou ruim, mas seguro bem ou mal aceito. “O risco é declinado porque o cliente não quer fazer o gerenciamento de seu risco, o corretor não quer fazer a inspeção e a seguradora tem pouca disposição para colaborar”, avaliou. Vendas on-line O painel “Venda de Seguros pela Internet: Ameaças ou Oportunidades?” contou com a participação de Claudio Royo (Economize no Seguro), Francisco Aranda (Ernst & Young), Simone Martins (Sincor-SP), Eugênio Velasques (Bradesco Seguros), Murilo Riedel (HDI Seguros) e Alexandre Mantovani (Sincor-SP). Murilo Riedel, da HDI Seguros, mostrou pesquisa da Ernst & Young deste ano, realizada com segurados europeus, que indicou que mais de 40% deles preferem negociar com corretores on-line, mas apenas 14% fecham uma contratação pela internet e mais de 40% optam pelo contato pessoal ao adquirir um seguro. No entanto, a tendência é que o comércio virtual aumente, indicou Simone Martins. Ela explicou que o Brasil é o quinto país mais conectado do mundo, com 80 milhões de usuários e uma produção de R$ 18,7 bilhões em vendas on-line por ano. “A perspectiva é de que a comercialização de seguros de automóveis pela internet chegue a 8% em quatro anos”, disse. Novos nichos O tema “Vencer Sem Depender do Seguro Auto – Experiências com Carteiras Diferenciadas” teve apresentações de Hyung Sung (Zurich Brasil), Julio Murat (Sincor-SP), Luciano Lima (SulAmérica Seguros), Marcio Martorelli (Wit Corretora de Seguros), Nilton Molina (Mongeral Aegon) e Thomas Batt (RSA Seguros). Segundo estudo do Sincor-SP, apresentado durante o painel, dos 1.211 profissionais entrevistados, 54% dos que vivem na capital paulista admitiram que a maior parte de sua receita vem da venda de seguros de automóveis. O produto também representa 62% das vendas dos corretores do interior. Hyung divulgou que o setor de automóveis representa 29% das vendas da indústria de seguros. “O corretor compete para conquistar a menor fatia do mercado. O Brasil tem 196 milhões de habitantes, população maior que a do México, Argentina, Alemanha e França. Será que o brasileiro não tem poder de consumo para adquirir outros produtos?”, questionou. Para Luciano Lima, com a oferta de automóveis com sensores de proximidade, equipamentos anticolisão e rastreadores, a tendência é que o seguro passe a não ser imprescindível. Por outro lado, o Brasil é o terceiro país em que mais são abertas pequenas e médias empresas. “Cada empresa tem pelo menos três funcionários. Temos clientes que demandam seguro saúde”. No auditório também foram debatidos preço justo, análise de carteira e fidelização de clientes. Ao final de cada painel, os congressistas foram estimulados a esclarecer dúvidas e, quem não teve perguntas respondidas, pode continuar o diálogo com os debatedores em outro auditório.

Fonte: Segs.com.br

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