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ANS Apresenta Opções de Capitalização dos Planos de Saúde Durante o IX Congresso Nacional

Pensando na sustentabilidade da Saúde Suplementar a longo prazo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem estudado e buscado formas de capitalizar o plano de saúde, com a criação de produtos mistos.
A capitalização dos planos de saúde faz parte da agenda regulatória da Agência, no Eixo 1, que trata sobre o modelo de financiamento do Setor. Estas alternativas serão abordadas pela gerente Geral Econômico-Financeira e Atuarial dos Produtos da ANS, Dra. Rosana Vieira das Neves, durante o painel “Capitalização das operadoras. Quais as alternativas?”, que será realizado na manhã do terceiro dia do IX Congresso Nacional de Operadoras Filantrópicas de Planos de Saúde. “No Eixo 1 da agenda regulatória falamos da possibilidade de criar um plano de saúde que tem um pouco de mutualismo e um pouco de capitalização. O plano de saúde hoje está funcionando, há beneficiários de várias idades. Sabemos que a população em geral e dos planos de saúde estão envelhecendo. Se mantivermos o regime que funciona atualmente (mutualismo), sem propor inovações, podemos desequilibrar o Setor”, afirma Dra. Rosana.
Com a proposta vigente do mutualismo, todos pagam e todos utilizam. O modelo se aproveita da característica mista da carteira, na qual os jovens acabam subsidiando um pouco das despesas dos idosos. “Neste cenário de envelhecimento, quais alternativas a ANS já tem pensado para que este plano seja sustentável quando esta população que está contribuindo for majoritariamente idosa? Uma delas é o VGBL Saúde, que surge como uma proposta viável para resolver esta questão”, explica.
O Projeto do VGBL Saúde foi abraçado pela ANS e desenvolvido internamente por meio de um grupo de trabalho, em parceria com a Superintendência de Seguros Privados (Susep). A partir deste estudo, foi feito o encaminhamento de um projeto de lei para viabilizar o produto. Vale lembrar que, por ser um produto de previdência, o VGBL Saúde deverá ser regulado pela Susep. “Temos total interesse em acompanhar o desenrolar deste produto porque precisamos saber quais serão os incentivos que ele terá para ajudar o beneficiário a financiar o seu plano de saúde”, diz a gerente da ANS.
A prevenção, afinal, é a palavra de ordem. Enquanto a medicina preventiva trabalha com a melhora da qualidade de vida, beneficiando usuários com vidas mais longas e saudáveis, e operadoras com a contenção do aumento dos custos; a prevenção financeira é muito mais uma programação do beneficiário para que ele se mantenha no sistema. “Para a operadora, é a manutenção do beneficiário. A prevenção financeira permite que o beneficiário tenha condições de manter o plano. A ideia, finalmente, é que este setor seja sustentável diante do cenário de envelhecimento”.

Fonte: Segs.com.br

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