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Ficha Limpa tem maioria no STF

BRASÍLIA – O ministro Carlos Ayres Britto concluiu o sexto voto favorável à aplicação da Lei da Ficha Limpa, no segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). O STF tem onze ministros e o voto de Britto dá maioria à aplicação da lei.
“O elogio que eu faço não é apenas à lei, mas à Constituição”, disse Britto. “Está dito na Constituição que lei complementar estabelecerá os casos de inelegibilidade”, completou. A Ficha Limpa é a Lei Complementar nº 135. “Essa lei complementar é fruto do cansaço do povo com os maus tratos dos políticos à coisa pública”, enfatizou.
O ministro fez uma crítica à corrupção no Brasil, utilizando citações de padre Antônio Vieira, que viveu no século XVII, e do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, um dos políticos mais influentes do Brasil entre a década de 1970 a 1992, quando morreu.
“A corrupção é um cupim da República”, disse Britto, citando Ulysses. “A nossa tradição é péssima em matéria de respeito ao Erário”, completou.
Com relação a Vieira, Britto citou um trocadilho que, segundo ele, foi “muito bem posto”: “Os governadores chegam pobres às índias ricas e retornam ricos das índias pobres”. “Ou seja, eles saqueavam os tesouros da colônia”, afirmou o ministro.
O julgamento não terminou mas, a prevalecer essa maioria, os políticos que foram condenados por órgãos colegiados da Justiça não vão poder se candidatar nas próximas eleições. Essa regra vai valer a partir da disputa municipal deste ano.

Fonte: Valor

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